Em tempos de aquecimento global, o nome Range Rover virou, para alguns, sinônimo de vilão ambiental – como o extinto Hummer e outros utilitários esportivos grandes. Ao mesmo tempo, com a evolução da linha Land Rover, o nome virou, para os clientes e admiradores da marca, sinônimo de luxo e so sticação. Os modelos Range Rover não são apenas “simples” veículos da Land Rover, como faz questão de destacar a própria marca: estão acima disso, são a “nata” da linha de produção da montadora inglesa (hoje controlada pela indiana Tata).

Seguindo esses dois pensamentos, nasceu este novíssimo Range Rover Evoque – tão novo que ninguém (além dos engenheiros e pilotos de testes da marca, é claro) teve, até hoje, o prazer de acelerar. Começa a ser vendido no início do ano que vem na Europa e, aqui, um pouco mais tarde.

Ele merece o pré-nome Range Rover porque tem luxo de sobra: couro por toda parte, teto-solar panorâmico, tela multimídia central sensível ao toque e com dual-view (imagens diferentes são exibidas, na mesma tela, para motorista e passageiro), som Meridian com HD interno, 17 alto-falantes e 825 W, monitoramento de ponto cego, câmeras de segurança que monitoram o que ocorre ao redor do carro, tevê digital e telas individuais no banco traseiro – só para citar os equipamentos mais exclusivos.

Mas ele também se diferencia dos demais Range Rover. Primeiro, por ser o pioneiro da marca com opção de tração apenas dianteira (até agora, todos eram 4×4, mas a tração dianteira proporciona maior economia de combustível). Segundo, pelo tamanho de apenas 4,35 m de comprimento – pouco maior que um EcoSport. E, finalmente, voltando à questão ambiental, inova por ter um econômico motor 2.0 quatro cilindros. Mas não se trata de qualquer 2.0: com materiais leves, comando variável e turbo, gera ótimos 240 cv.

Na versão 4×4, ele tem o já consagrado sistema Terrain Response (que possibilita, por meio de um botão no console, escolher o tipo de terreno que se vai enfrentar – e aí o sistema se encarrega de selecionar tração, reduzida, etc.). Nas suspensões, um sistema opcional com amortecedores MagneRide, similar (até no nome) ao já conhecido Audi Magnetic Ride: um fluido especial dentro dos amortecedores com partículas magnéticas é submetido, de acordo com as condições do terreno, a cargas magnéticas diferentes. Os amortecedores ficam mais rígidos em uma pilotagem esportiva e mais macios em pisos irregulares.

Quando apresentado como o conceito LRX, a arquitetura deste novo Range Rover previa a acomodação de baterias debaixo do assoalho, mas, por enquanto, será vendido apenas a diesel (na Europa) e a gasolina (aqui). Uma versão quatro portas já foi anunciada, e quem sabe, futuramente, ele não vire híbrido ou elétrico…

Em nome do re namento, cada carro recebe 10 m2 de couro em seu ninterior e a iluminação interna é toda feita com luzes de LED