MÉGANE EXTREME 2.0

R$ 58.000

(ESTIMADO)

Acima, o painel com acabamento que imita fibra de carbono, a alavanca de câmbio e os bancos com costura vermelha aparente e o aerofólio exclusivo da versão limitada a 1.500 unidades

Para quem está acostumado com o tradicional Mégane, com design um tanto conservador, esta série esportiva limitada “Extreme”, que começa a ser vendida por cerca de R$ 58 mil, chama bastante a atenção.

Apenas na cor preta, tem rodas e retrovisores grafite, pneus de perfil baixo (205/55 R16), saias laterais, inscrição que identifica a versão, um bom aerofólio (não tão discreto, mas também não exagerado no estilo “Velozes e Furiosos”), grade dianteira maior e faróis de neblina deslocados para a lateral dos parachoques, mais encorpados e “invocados” – imitando o belo desenho do Mégane Sport RS europeu.

Dentro, painel com acabamento que imita fibra de carbono, volante e alavanca de câmbio em couro com costuras vermelhas, bancos com desenhos em relevo, além de aros do velocímetro e contagiros cromados. O pacote visual é bom, mas e o desempenho?

A versão RS europeia, de quem ele herdou os parachoques, tem motor 2.0 turbo de 225 cv e suspensão especial, mas nosso Extreme, mecanicamente, é idêntico à versão “normal”. Dentre as versões oferecidas – Sedan e Grand Tour, manual e automático, 1.6 e 2.0 – sem dúvida este sedã 2.0 com câmbio manual tem tocada mais esportiva.

E se você quer esportividade além do visual, esqueça o 1.6 flex (0 a 100 km/h em 12s5) e o 2.0 automático (quatro marchas, 0 a 100 km/h em 11s5). O 2.0 manual é o único a vencer a barreira dos 10 segundos no 0 a 100 km/ h (9s8). O câmbio de seis marchas explora melhor os 138 cv, embora os engates, para um esportivo, devessem ser mais curtos. Já a suspensão é confortável e não o deixa inclinar muito nas curvas, mas poderia ser mais firme. Enfim, um belo visual com bom desempenho, mas não um esportivo de verdade, como o Punto T-Jet (mesmo preço, mas menor) ou o Civic Si (que custa cerca de R$ 17 mil a mais).