Em pré-venda no Brasil há pouco mais de um mês, nas próximas semanas o Volvo S60 chega em nova geração definitivamente às concessionárias brasileiras. E o novo sedã esportivo dá uma bela lição nos rivais alemães Mercedes Classe C, Audi A4 e o recentemente renovado BMW Série 3.

Inicialmente, o novo Volvo S60 começa a ser entregue nas duas versões mais acessíveis, a T4 e a T5. A partir de outubro, também chegam a híbrida T8 e a híbrida esportiva Polestar (nome que vira uma espécie de submarca).

O novo Volvo S60 é mais um capítulo na belíssima reação da marca sueca, que já esteve à beira da falência e foi adquirida pela Geely, montadora da China. Sob o comando dos chineses, a marca se renovou totalmente, mas sem abrir mão da tradição de segurança da Volvo. Investiu em veículos híbridos e em um bom sistema de direção semiautônoma para voltar a se destacar no mercado.

Montado sobre a base modular SPA, que é a mesma utilizada no SUV XC60 (confira aqui a avaliação), o novo S60 ficou 12,6 cm mais longo, 5,3 cm mais baixo e ganhou 9,6 cm no entre-eixos em relação ao antecessor. Assim, ficou maior que os rivais — que também andaram crescendo — em todas as medidas.

“Chegamos de verdade para competir com alemães. O S60 antigo não tinha as dimensões que precisava. O segmento é importante, 20% do segmento premium na América Latina são sedãs deste segmento”, diz Luis Rezende, presidente da Volvo Cars Brasil.

A configuração de entrada é a T4 Momentum, que usa um motor 2.0 de 190 cv e custa R$ 195.950. A versão seguinte é a T5 Inscription, com um 2.0 de 254 cv e preço sugerido de R$ 224.950.

Estas duas primeiras opções não oferecem tão mais que os rivais alemães em potência, e têm tração dianteira em vez de traseira (algo com o que poucos ainda se importam), mas já atraem com o sistema de direção semi-autônoma que funciona a até 130 km/h e está disponível em todas as versões. Ou seja, custam o mesmo que os alemães, mas entregam mais.

A linha inclui ainda as configurações híbridas plug-in T8 R-Design, de R$ 269.990, com potência combinada de 407 cv, e Polestar, com um ajuste mais esportivo, que chega depois e ainda não teve seu valor definido. E é aí que a Volvo dá o grande salto à frente da concorrência. Vamos lá…

Enquanto a Mercedes-Benz continua usando o motor 2.0 turbo em seu C 300 (leia mais aqui) e a BMW perdeu a chance de lançar a nova geração do série 3 já com uma versão híbrida e também insiste no tradicional 2.0 turbo a gasolina (leia aqui), o Volvo S60 T8 aposta na combinação de um motor dianteiro à gasolina e um traseiro elétrico.

Com a motorização híbrida, o Volvo S60 T8 custa o mesmo preço das versões dos alemães com potência equivalente ao seu T5, na faixa dos 250 cv, mas oferece muito mais: sua potência combinada é de 407 cavalos, e com a vantagem dinâmica da tração integral (nos rivais continua traseira).

Assim, enquanto é esse novo Volvo S60 T8 acelera de 0 a 100 em 4,4 segundos, os rivais alemães topo de linha levam quase 6 segundos. E o mais incrível é que o Volvo ainda é capaz de rodar quase 50 km apenas no modo elétrico sem poluir e sem consumir gasolina ou fazer médias acima de 25 km/l no modo híbrido.

Antes mesmo de acelerar esta versão híbrida, posso afirmar que a mecânica é brilhante — exatamente a mesma que experimentei nos SUV XC90 T8 (leia mais aqui) e XC60 T8 (leia mais aqui), e que já testamos também em outro sedã, o S90 (leia mais aqui) — irmão maior do S60.

Considerando que Mercedes-Benz, Audi e BMW montam seus carros no Brasil, é surpreendente que a Volvo, com o modelo desenvolvido na Suécia e fabricado nos Estados Unidos, ofereça um produto mais atraente, com mais tecnologia embarcada e mais ligado na eletrificação. Ponto para os chineses. Agora resta ver como o mercado reagirá diante da nova oferta.

PRIMEIRAS IMPRESSÕES

Hoje avaliaremos o Volvo S60 nos arredores de Santiago, no Chile. Confira aqui em nosso site, em breve, mais detalhes e fotos do carro e nossas primeiras impressões ao volante. Um link será adicionado aqui.

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