Volante com centro fixo e muitos botões pode ser confuso, mas a lista de equipamentos de série faz deste modelo uma das melhores ofertas do segmento

Na linha 2011, a Citroën mudou o nome da versão top 2.0 do C4: em vez de Exclusive, agora ela se chama Exclusive Sport. A mudança maior está no pacote de equipamentos, mais farto e sem opcionais. As opções se restringem à cor e ao câmbio, manual ou automático. Além disso, a marca baixou o preço da versão manual (R$ 67.283 na tabela Fipe/MOTOR SHOW de agosto), para R$ 60.900 – o que a deixou distante desta automática avaliada, de R$ 69.900.

No novo pacote, tudo é de série. Além do básico, ele tem itens raramente encontrados nos rivais: regulador e limitador de velocidade, sensores de estacionamento (dianteiro e traseiro) e de chuva, faróis automáticos, difusor de perfume no ar-condicionado (digital e bizone), retrovisores externos rebatíveis eletricamente (com câmbio automático), som com comando de voz e entradas USB e auxiliar, controle de estabilidade, faróis de xenônio direcionais e saída de ar para o banco traseiro.

Apesar do merecido sobrenome Sport, ele não sofreu modificações para maior esportividade – e nem precisava. Ele mantém o motor ex de 151 cv, o mais potente do mercado, que garante desempenho acima da média (as retomadas são vigorosas, mas o consumo não é dos melhores). O câmbio automático, apesar de ter só quatro velocidades, tem trocas rápidas e suaves –faltaram apenas as borboletas no volante.

Na dinâmica, o C4 também honra o sobrenome: as suspensões garantem esportividade e conforto (e ltram bem irregularidades) e a direção eletro-hidráulica não cou leve demais. Já no interior, os bancos de couro são confortáveis e a posição de dirigir, excelente (regula-se amplamente altura e profundidade do volante).

O únicos pontos “negativos” podem ser também positivos, dependendo do gosto: o painel de instrumentos translúcido central e o volante de centro xo. Atraem pela inovação e pelo design, mas o primeiro ca mais longe do que devia dos olhos e o segundo, com botões demais, mostra-se confuso e pouco prático. Mas nada que ofusque o brilho do carro. Na versão automática, já é uma ótima compra. Na manual, com esse preço, talvez seja a melhor do segmento.