23/11/2017 - 13:00
Tivoli é uma cidade na região do Lácio, na Itália, localizada a 30 km de Roma. Lá, estão dois patrimônios mundiais da humanidade considerados pela Unesco: o Palácio de Villa d’Este e a Villa Adriana, além de outras atrações turísticas. E tão interessante quanto esse paese (município, em italiano) é o SsangYong Tivoli. Junto do irmão maior XLV, do crossover Korando e da picape média Actyon Sports o Tivoli marca o retorno da marca sul-coreana ao Brasil a partir do primeiro trimestre de 2018. “A expectativa é vender 3.000 unidades nesse ano somando o Tivoli, o XLS, o Korando e a picape Actyon Sports. Queremos absorver os clientes já existentes, pois nossa base de consumidores se baseia em antigos clientes. Ao invés de concessionários teremos lojas nomeadas e a expectativa é de chegar a 50 até o final de 2018”, explica Gerson Pittori, presidente da SsangYong Brasil.
O visual descolado do Tivoli é um bom exemplo da nova cara da SsangYong. E esse SUV já é vendido na Inglaterra, na França, na Espanha, no Oriente Médio, na África, no Chile e no Peru. Duas versões estarão disponíveis à venda no Brasil: uma de entrada e outra topo de linha (avaliada). “Haverá mudanças estéticas, mas não mecânicas”, explica Pittorri. Se no passado os motores eram Mercedes-Benz, agora todo o desenvolvimento é próprio. E todas as configurações saem equipadas com motor aspirado 1.6 e câmbio automático de seis marchas. Esse propulsor “milisseis” a gasolina tem bloco e cabeçote de alumínio, enquanto o abafador final do sistema de exaustão é de inox. Segundo a SsangYong, a tecnologia flex virá futuramente.
São 128 cv (mesma potência do 1.6 da Hyundai, quando abastecido com etanol) e o Tivoli é mais leve que Honda HR-V Touring (1.740 kg) e Jeep Renegade Limited (1.469 kg) e mais pesado que Peugeot 2008 Griffe AT6 (1.236 kg) e Nissan Kicks SL (1.142 kg). O corpinho do Tivoli ajuda no desempenho ao oferecer força desde os giros mais baixos. É possível escolher entre os modos Eco, Power e Inverno, responsáveis por alterar tanto a calibração do pedal do acelerador quanto da transmissão Aisin de seis marchas, com opção de mudanças sequenciais pela alavanca. A direção elétrica, assim como em alguns carros da Hyundai, é ajustável em três níveis (Normal, Sport e Comfort), que mudam a carga, deixando-a mais leve ou mais firme.
A tração é dianteira e as suspensões não passaram pelo processo de tropicalização. Mesmo assim, elas agradaram ao absorver bem as imperfeições do piso e um outro destaque está no isolamento acústico da cabine. Construído sobre uma plataforma própria, o espaço interno agrada pelo entre-eixos maior em relação ao do Chevrolet Tracker (2,555 m), do Jeep Renegade (2,570 m) e do Peugeot 2008 (2,542 m). Aliás, essa é a mesma base do XLV cuja grande diferença para o Tivoli está no comprimento 24 cm maior e no porta-malas de 723 litros — o do Tivoli é de 423 litros (maior comparado ao dos rivais já citados).
O acabamento interno usa plásticos de boa qualidade e a posição de dirigir merece um ponto positivo. Já a porção central do console remete ao dos modelos da Hyundai. Tudo muito lindo, porém, será que a Ssangyong vai se dar bem nessa nova empreitada? Isso só o tempo dirá, mas o Tivoli pode ser uma alternativa para quem deseja sair do lugar comum de HR-V, Renegade, 2008, Kicks…
FICHA TÉCNICA
SSANGYONG TIVOLI
Preço básico: R$ 85.000*
Carro avaliado: R$ 100.000*
Motor: 4 cilindros em linha 1.6, 16V
Cilindrada: 1597 cm³
Combustível: gasolina
Potência: 128 cv a 6.000 rpm
Torque: 16 kgfm a 4.600 rpm
Câmbio: automática, seis marchas
Direção: elétrica
Suspensões: MacPherson (d) e eixo de torção (t)
Freios: disco ventilado (d) e disco sólido (t)
Tração: Dianteira
Dimensões: 4.202 m (c), 1.798 m (l), 1.590 m (a)
Entre-eixos: 2.600 m
Pneus: 215/45 R18
Porta-malas: 423 litros
Tanque: 47 litros
Peso: 1.300 kg
0-100 km/h: 11s2
Velocidade máxima: 175 km/h
Consumo cidade: 11,6 km/l**
Consumo estrada: 18,1 km/l **
Emissão de CO2: 153 g/km**
Nota do Inmetro: ainda não vendido no Brasil
*estimado
**na Europa