AV50, reestilizada na Europa em julho passado, agora chegou ao Brasil. Além do design mais esportivo, vem com três opções de motor cinco cilindros: 2.4, 2.4i e T5 – cada um com um pacote de equipamentos. Avaliamos aqui o modelo de entrada, vendido por R$ 135.450. Mas vale a pena, ou é melhor pagar mais nas versões 2.4i (R$ 150.570) e T5 (R$ 187.268)?

Quem compra um carro de mais de R$130 mil quer um veículo completo – e a V50 na versão 2.4 pode decepcioná-los: sua lista de equipamentos deixa de fora sensor de estacionamento, teto-solar, CD player com disqueteira e MP3, retrovisor com escurecimento automático e regulagem elétrica do banco do passageiro (só disponível para o motorista), entre outros itens.

Todos eles são oferecidos na versão 2.4i por R$ 15 mil adicionais, valor alto para o pacote extra – mas a versão intermediária vem com motor 30 cv mais potente. Não se trata apenas de acelerar rápido ou atingir mais de 200 km/h: o fato é que nas ultrapassagens e retomadas, a V50 2.4 deixa a desejar.

Por R$ 187.268, ainda temos a T5, com um 2,5 litros turbinado de 230 cv, dando verdadeiro sentido à classificação sportswagon usada pela Volvo. Em relação aos equipamentos, na T5 ainda se adicionam rodas de 17 polegadas (16 nas outras versões), controle de estabilidade e tração mais moderno, som Dynaudio com 12 alto-falantes e faróis bixênon com regulagem automática de altura. Mas, mesmo na versão top, ainda faltam sensores de chuva e faróis, dutos de ar para o banco traseiro, espelhos com rebatimento elétrico…

Mas a V50 compensa com um excelente pacote de segurança (“marca registrada” da Volvo), com airbags frontais, laterais e de cortina, encostos de cabeça ativos, câmbio automático de cinco marchas seqüencial com trocas suaves e um ótimo comportamento em curvas (graças ao sistema multilink na traseira). Sua suspensão impressiona: eficiente na estabilidade e filtragem de irregularidades e confortável para os passageiros.

Em termos de acabamento, apesar de não passar uma primeira impressão de sofisticação, a V50 é de primeira. Não se ouve um ruído sequer dentro da cabine, seja de bancos, porta-malas ou painel. O espaço no banco traseiro não é dos maiores, assim como o porta-malas, com capacidade para 362 litros.

Por R$ 104 mil, a Jetta Variant tem motor 2.5 de 170 cv, teto de vidro, interior sofisticado, e câmbio de seis marchas. E ainda, na casa dos R$ 131 mil, a Peugeot oferece a 407 SW com motor V6 de 211 cv, mais espaçosa, com teto de vidro e bons itens de série. Páreo duro! Mas, em segurança e conforto, a V50 é, sem dúvida, superior.

Painel de linhas simples, ao lado, mas com um belo console central fino e comandos fáceis. Abaixo, controles do som, do ar digital bizone e do banco elétrico, que nesta versão só é oferecido para o motorista

Acima, o volante com controles do som e regulador de velocidade e os mostradores com estilo clássico e iluminação verde. Abaixo, a alavanca de câmbio com opção de trocas seqüenciais e funcionamento bastante suave