O carro de maior sucesso da Audi no País mudou por completo. Além do nome, pouca coisa ficou do antigo. A terceira geração tem plataforma (a modular mqb do grupo Volkswagen, que dará origem ao Golf VII), design, motores, acabamento e sistema de entretenimento totalmente remodelados. Apresentado ao público no Salão do Automóvel de São Paulo, começa a ser vendido aqui no fim do primeiro trimestre deste ano. Um pouco antes disso, chega o A3 Sport, a versão com duas portas apenas.

A Audi escolheu a pequena Mônaco para a apresentação dinâmica do carro à imprensa por dois motivos. O primeiro é o mais óbvio: a marca de luxo quer associar o carro a um dos lugares mais ricos e charmosas do mundo. O segundo motivo tem a ver com a topografia do segundo menor país do mundo. No alto da montanha é possível acelerar (ainda que a velocidade seja limitada) pelas longas e seguras estradas que levam às cidades vizinhas da Riviera Francesa. Já na encosta, é possível testar toda a estabilidade do veículo nas dezenas de curvas fechadas. É um vai e vem, um sobe e desce que chega a dar enjoo.

Começamos o test drive pelo aeroporto de Nice, na França, e fomos em direção a Monte Carlo, rodando por estradas principais, alternativas e, finalmente, por ruas que formam o circuito do GP de Mônaco de F-1. A dirigibilidade do A3 continua impecável. Ainda mais agora que o carro ficou mais ágil (algumas versões estão até 90 kg mais leves) graças ao uso de mais alumínio. Isso, é claro, acabou deixando o modelo mais econômico e com índices menores de emissão de poluentes.

Externamente, o A3 Sportback ficou com linhas mais limpas e com o family-face da Audi. O carro também ficou um pouco maior (cerca de seis centímetros) e os passageiros que viajam nos bancos de trás agradecem. Internamente, o destaque fica por conta do novo painel: uma tela ultrafina de LCD de 7” que mostra as funções do sistema MMI de navegação e entretenimento. Há ainda tecnologias herdadas de carros mais caros da marca, como a do piloto automático adaptativo, que pode até fazer o carro parar a fim de evitar uma colisão, e a que alerta o motorista sobre carros que estejam passando pelos pontos “cegos” do veículo. Outro destaque é o Audi Connect, que faz o carro virar uma central de multimídia. Os passageiros podem usar smartphones, tablets e computadores conectando a internet através da rede wi-fi do carro e o motorista pode buscar informações no Google e visualizá-las na tela do carro, como previsão do tempo, condições das estradas e notícias.

Sob o capô, os motores 1.4 e 1.8. O primeiro (mesmo do A1) tem 122 cv e equipará a versão de entrada do A3 Sportback no Brasil. O segundo, que deve ser o mais vendido, é o 1.8 TFSI com 180 cv. Faz zero a 100 km/h em 7,3 segundos e chega a 232 km/h de máxima. O consumo chega a incríveis 17,8 km/l na média entre estrada e cidade. As duas versões têm câmbio S-Tronic de sete velocidades e dupla embreagem. E, ainda que não confirme oficialmente, a Audi estuda trazer também ao menos um lote do modelo com tração integral.

O preço do carro ainda não está definido, mas, segundo Leandro Radomile, presidente da Audi do Brasil, ele não vai variar muito com relação aos praticados hoje. O pacote Brasil (equipamentos) ainda não está definido, e, apesar de a empresa buscar volume, ele não será importado nas configurações mais básicas encontradas na Europa. Isso quer dizer que, dependendo dos equipamentos, os modelos de A3 Sport e Sportback devem custar entre R$ 110 e R$ 140 mil.