15/06/2025 - 12:29
O tempo voa, e a “nova” Fiat Strada já está fazendo cinco anos! Meia década depois, a picapinha, que nasceu em plena pandemia de Covid-19, comemora 700 mil unidades produzidas na planta de Betim (MG), e os quatro anos consecutivos de liderança de vendas do mercado nacional (2021, 2022, 2023 e 2024).
A segunda geração nasceu na segunda metade dos anos 2010 para substituir a primeira geração, já cansada, que estava em linha desde 1998. Para manter as características reconhecidas de robustez e confiabilidade, a Fiat não ousou: pegou o que já tinha pronto, na prateleira, e mesclou com partes da própria geração anterior da picapinha.
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Uma Strada com pouco de Fiorino e Mobi
Bom exemplo é o sistema de suspensão traseira por eixo rígido com feixes de molas, a mesma concepção de caminhões, que estava na Strada 1998 e veio emprestada do furgão Fiorino. No conjunto dianteiro, partes que mesclam componentes de Mobi e Argo, também todos prontos, apenas recalibrados para o perfil profissional da Strada.
Não só isso: do próprio Mobi também vieram outros itens, como o parabrisas das versões de cabine dupla, ou as portas dianteiras também das Strada para cinco ocupantes. No caso das portas, mudam só as forrações internas, mas a estrutura é a mesma. Retrovisores externos, por outro lado, são emprestados de Argo e Cronos.
Motorização
De início, trazia no catálogo das versões de entrada o motor 1.4 Fire EVO, mesmíssimo de Uno, Palio, Grand Siena, Idea, Punto, entre outros modelos da “velha guarda” da Fiat. Mais uma vez, forma de manter uma mecânica conhecida, com peças abundantes no mercado e, mais do que isso, reparação fácil e fama de confiável.
Anos depois, esse motor deu lugar permanentemente ao 1.3 Firefly, mais potente e econômico, que até então estava restrito as versões mais completas da Strada. Hoje, tem até motor 1.0 turboflex moderno e câmbio automático. Evoluiu!
Carroceria
A proposta da carroceria com quatro portas e cinco lugares era justamente a grande inovação que a picapinha precisava. Até então, na geração anterior, contava com uma adaptação de uma terceira porta, tipo “suicida”, que dava acesso ao apertado banco traseiro. Era uma solução provisória, mas que, ainda assim, não supria a falta das portas traseiras e melhor acesso a segunda fileira de assentos.
A geração lançada em 2020 já foi criada pensando na carroceria de quatro portas, vantagem da plataforma MPP alongada, derivada da 327 de Mobi, Novo Palio, Grand Siena e Novo Uno. A 327, por sua vez, já vinha da 178 do Palio 1996, mas essa é outra história.
O fato é que, com ela, a nova Strada passou a ser, de fato, multiuso. Inclusive na versão de cabine simples e duas portas, passou a contar com um “puxadinho” atrás dos bancos, para acomodar diversas tralhas. É o que a Fiat chama de “Cabine Plus”.
Seu proprietário poderia utilizá-la de segunda a sexta no trabalho, levando peso e carga na caçamba, e de sábado e domingo, ir passear com a família. Servia, assim tanto para a labuta quanto para o lazer, e esse é um dos ingredientes para a fórmula de sucesso do modelo, certamente. A motorização confiável, suspensões robustas como as de caminhões, e o estilo geral que lembra o da irmã maior Toro, são outros.
Futuro da Fiat Strada
O futuro a Deus pertence, como diz o ditado. Porém, segundo informações do site Autos Segredos, a Fiat Strada deve ganhar uma nova geração em 2027, feita sobre a plataforma modular CMP, mesma dos Peugeot-Citroën, que também serve ao Jeep Avenger. A picapinha contará com soluções modernas, como motorização híbrida, e deverá chegar como linha 2028, ainda no primeiro semestre, de acordo com o site.
Enquanto isso, a atual geração segue fazendo seu sucesso, e atendendo quem precisa de uma ferramenta de trabalho, e de um veículo para lazer. Se o VW Polo não atrapalhar (o que já está acontecendo), ela deverá bater seu quinto ano como carro mais vendido do Brasil, e seguir nas exportações para outros mercados (Uruguai, Paraguai, Argentina e México, segundo a marca).
Versões e preços da Fiat Strada
Hoje, o modelo é vendido em sete configurações: Endurance (R$ 111.990), Freedom Cabine Plus (R$ 188.990), Freedom Cabine Dupla (R$ 126.990), Volcano 1.3 manual (R$ 129.990), Volcano 1.3 CVT (R$ 135.990), Ultra 1.0 turboflex CVT (R$ 146.990) e Ranch 1.0 turboflex CVT (R$ 146.990).
As de entrada vem com motor 1.3 Firefly de quatro cilindros, entregando até 107 cv de potência com 13,7 mkgf de torque (etanol), que pode vir acoplado ao câmbio manual C513 de cinco marchas, ou a caixa Aisin automática CVT com sete marchas simuladas. Nas mais caras, vai o 1.0 turboflex de até 130 cv e 20,4 mkgf (etanol), sempre junto do câmbio automático CVT de sete velocidades simuladas.
