NISSAN X-TRAIL R$ 114.990

NISSAN FRONTIER SEL R$ 111.290

Os dois são Nissan, mas com propostas diferentes. A Nova Frontier é uma picape, e o X-Trail um SUV (utilitário esportivo). A primeira tem motor diesel, câmbio manual de seis marchas (na versão avaliada) e é fabricada na Tailândia. O segundo, a gasolina, tem câmbio automático de quatro marchas e é feito no Japão.

Mas eles também são parecidos, em outros aspectos. Produzidos pela mesma montadora, têm design semelhante: a Frontier chegou agora com “a cara” que o X-Trail já tinha há tempos – no entanto, ele já mudou no resto do mundo (mais no design interno do que no externo).

Os dois também oferecem a opção de tração 4×4 e uma boa capacidade off-road, além de potência e desempenho equivalentes, embora os combustíveis sejam diferentes.

Na Europa, a nova geração do X-Trail já é vendida. A principal mudança foi no interior: o painel voltou para a frente do motorista

Mas a principal semelhança é justamente o que fez nascer este comparativo – o preço. São R$ 111.290 na picape, (com câmbio manual), e R$ 114.990 no sport-utility (R$ 10 mil mais barato se você aproveitar o preço promocional da linha 2006/2007, exatamente igual ao dos modelos 2008).

O dois carros tem motor quatro cilindros 2.5 com 16 válvulas, mas enquanto o diesel da Frontier gera 172 cavalos, a unidade a gasolina do X-Trail produz 180 cv. A picape dá o troco com um torque bem maior: 41,1 kgfm contra 25 kgfm do SUV – uma grande vantagem no fora-deestrada, mas, devido ao menor peso do X-Trail, o desempenho é quase o mesmo: máximas na casa dos 170- 180 km/h e aceleração de zero a 100 km/h em cerca de 11,5 segundos. O consumo é quase o mesmo, mas como o diesel é mais barato, com a Frontier você vai gastar (um pouco) menos no abastecimento.

Já a dirigibilidade da Frontier é muito elogiada por lembrar a de um carro. Mas, por melhor que ela seja, não deixa de ser uma picape – o XTrail é mais leve, pula menos nos buracos, se comporta melhor nas curvas e tem nível de ruído menor.

O painel do X-Trail, com mostradores na parte central, distrai o motorista da estrada. Mas ele tem piloto automático e bancos com regulagem elétrica

No SUV, conforto para quem vai atrás, grande capacidade de carga e teto-solar gigante

E, na cidade, ainda tem a vantagem de ser 77 cm menor – mais fácil de manobrar e estacionar.

Se o X-Trail é melhor de dirigir no asfalto, na hora de encarar o offroad a picape leva vantagem. Além do torque bem mais alto, tem maiores ângulos de ataque e rampa, além de maior altura livre do solo (veja tabela), e ainda oferece a opção 4×4 reduzida, enquanto o SUV tem apenas 4×2, 4×4 automático ou 4×4 fixo. O câmbio manual dela também é melhor nestas situações, enquanto o automático do X-Trail, mais confortável na cidade, não é a melhor escolha para as trilhas.

O X-Trail também é melhor no conforto oferecido a motorista e passageiros. Os dois são bem completos, com bancos em couro, regulador de velocidade, freios com ABS, apoio de braços etc.

Na picape, bancos traseiros inferiores, mas só ela tem som com MP3 e tração 4×4 reduzida

Mas enquanto só a picape tem bússola no retrovisor e disqueteira de painel para seis CDs com MP3, o SUV tem disqueteira sem MP3, mas é o único com bancos dianteiros com regulagem elétrica, quatro airbags (são dois na Frontier) e compartimento térmico quente/frio ligado ao ar-condicionado automático (manual na picape).

Além disso, o teto solar “extragrande” do X-Trail é um atrativo a mais. E, se quem vai atrás na Frontier, como em toda picape tem um banco curto demais para as pernas, um piso alto demais para os pés e um encosto muito “em pé” para as costas, no X-Trail o conforto é equivalente ao de um carro.

Conclusão? No desempenho temos um empate, enquanto a Frontier é ligeiramente melhor no consumo e bem melhor no off-road, além de muito mais imponente, principalmente por seu porte. O X-Trail, por outro lado, é mais confortável para os passageiros, mais seguro e oferece mais itens de série. Dito isso, a escolha fica a seu critério, claro – pois ela depende apenas de suas prioridades.