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As vezes as medidas não dizem tudo. Com 4,25 m de comprimento, o T-Roc, ele sim, ficaria perfeitamente na média dos que chamamos aqui SUVs compactos, e provavelmente seria mais competitivo que o T-Cross. Mas como não é tão maior, a Volkswagen do Brasil acha que não há espaço para ele. Com a possibilidade de ser feito no México, entretanto, poderia vir importado, dependendo de como estiver o mercado.

Não está nos planos atuais, mas não deixa de ser uma alternativa. O mais interessante no T-Roc não são os (úteis) centímetros extras, mas o fato de ser uma alternativa crível ao Golf, um SUV para quem não gosta de SUV, o “verdadeiro” Golf dos SUVs. Esse é seu nicho. Além de ter plataforma MQB “do Golf”, maior que a do Polo, o que define seu posicionamento acima do Arona/T-Cross são espaço, equipamentos e preços (a versão avaliada é a básica, de 22.850 Euros, R$ 92.000).

De fato a cabine, mais ampla que a de um hatch médio, está entre as maiores da categoria, principalmente na largura: atrás, na altura dos ombros tem 1,30 m, medida que vemos em SUVs médios ou compactos espaçosos. Então não deixe as formas da carroceria e o entre-eixos só 2 cm maior que no Arona enganarem: a bordo há mais espaço do que se imagina, e cinco viajam com relativo conforto. Já o porta-malas tem 406 litros oficiais, mas medimos 377. Por fim, decepciona a decisão inesperada (para europeus) de usar plástico duros na cabine.

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A lista de opcionais é ampla, incluindo sistemas de auxílio ao motorista, faróis de LED, rodas aro 18, ar bizone e painel digital. Na Europa há versões a diesel, além da 1.5 TSI DSG de 150 cv (mesmo motor do Karoq). Mas aqui avaliamos a eficiente 1.0 TSI de entrada, de novo com 115 cv e câmbio manual (adaptar o 1.0 TSI com câmbio AT6 no modelo mexicano seria uma alternativa; outras seriam trazê-lo com a mecânica disponível, talvez 1.5 TSI, ou até fazê-lo no Brasil, o que é bastante improvável).

O motor “mil” é uma grata surpresa: muito bem isolado, é extremamente silencioso e “gira redondo”, ligado ao câmbio manual de seis marchas (a 130 km/h são 2.900 rpm). O torque é até maior que o de modelos como Nissan Kicks e Honda HR-V, garantindo prazer ao volante mesmo nessa versão menos potente. A direção é bem comunicativa, combinando com a personalidade desse crossover, que privilegia, sem sombra de dúvida, uma dirigibilidade mais afiada. Como o Golf, só que adaptado à moda e mais espaçoso


Ficha técnica:

VW T-Roc 1.0 TSI Style

Motor: 3 cilindros em linha 1.0, 12V, duplo comando variável, turbo, injeção direta
Cilindrada: 999 cm³
Combustível: gasolina
Potência: 115 cv a 5.000 rpm
Torque: 20,4 kgfm de 2.000 a 3.000 rpm
Câmbio: manual, seis marchas
Direção: elétrica
Suspensões: MacPherson (d) e eixo de torção (t)
Freios: disco ventilado (d) e disco sólido (t)
Tração: dianteira
Dimensões: 4,23 m (c), 1,82 m (l), 1,57 m (a)
Entre-eixos: 2,59 mm
Pneus: 215/55 R17
Porta-malas: 445 litros (oficial) – 406 litros*
Tanque: 55 litros
Peso: 1.2705 kg
0-100 km/h: 10s3*
Velocidade máxima: 184 km/h*
Consumo cidade: 14,6 km/l*
Consumo estrada: 17 km/l*
Nota do Inmetro: não vendido no Brasil