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Ainda conhecido só por ilustrações como esta abaixo, o SUV do Polo tem um primo espanhol que foi lançado no fim do ano passado – e nós já o aceleramos. Com 4,14 m de comprimento, o Arona se insere no extremo inferior dos SUVs compactos (15 cm menor que o Honda HR-V). Será lançado aqui como VW T-Cross, provavelmente nos Salões de Paris e de São Paulo (outubro/novembro) e entregue em janeiro do ano que vem. Baseado no Ibiza (Polo espanhol), o Arona é feito na mesma base MQB A0 do Polo. Mas tem 11 cm extras na altura, que se refletem no espaço da cabine e na posição de guiar – 5 cm mais alta que no hatch, suficiente para entrar e sair mais facilmente e se sentir ”mais alto”, como desejam os fãs de SUVs. A posição ao volante, porém, não muda em relação ao Ibiza/Polo: a distância do assento ao piso e a inclinação do volante são iguais. Dá para sentar com as pernas semi-flexionadas e bem apoiadas, mas com melhor visibilidade.

No interior, o Arona é igual ao Ibiza, e o mesmo acontecerá aqui: como no Polo, o T-Cross deve ter acabamento com plástico rígido e saídas de ar abaixo da tela multimídia (opcionalmente de 8”, pode ser acompanhada do painel digital). O teto é alto e o espaço dianteiro é bom, mas o banco traseiro só serve para dois em viagens longas e não há saídas de ar extras. Além disso, embora a VW declare 400 litros de porta-malas, nossa parceira Quattroruote mediu 334 (menos que os 348 aferidos com o mesmo método no Jeep Renegade). Será que a Volks consegue melhorar isso no T-Cross?

Já o 3 cilindros é o mesmo do Polo, mas só a gasolina: tem torque igual, porém 115 cv (aqui teremos sua versão flex de 125 cv). Parece feito sob medida: o torque é de 2.0, e combinado ao baixo peso (1.275 kg no teste), resulta em muita agilidade e baixo consumo. Com a ajuda do rápido start&stop (o T-Cross não deve ter), fez 16 km/l na cidade. Na estrada a 110 km/h constantes, rodou 17 km/l e em pista única, com muitas reduções e retomadas, a aerodinâmica (Cx 0,34) atrapalhou o SUV, que marcou 12,5 km/l.

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O Arona avaliado tinha câmbio manual de seis marchas, mas o T-Cross terá de cinco, associado só ao motor 1.6 MSI nos T-Cross de entrada. Os 1.0 TSI terão câmbio automático de seis marchas, como o Polo e o Virtus. Com 0-100 em 9,9 segundos (o automático deve marcar 10,4), o Arona é ágil no trânsito: parece sempre sobrar potência. As suspensões equilibram conforto e controle e isolam bem a cabine. O SUV entra decidido em curvas, apoiado nas rodas externas com rolagem contida da carroceria e subesterço moderado e fácil de controlar – basta aliviar o pé direito. Na estrada, isso passa segurança.


Ficha técnica:

Seat Arona 1.0 TSI Excellence

Motor: 3 cilindros em linha 1.0, 12V, duplo comando variável, turbo, injeção direta
Cilindrada: 999 cm³
Combustível: gasolina
Potência: 115 cv a 5.000 rpm
Torque: 20,4 kgfm de 2.000 a 3.500 rpm
Câmbio: manual, seis marchas
Direção: elétrica
Suspensões: MacPherson (d) e eixo de torção (t)
Freios: disco ventilado (d) e disco sólido (t)
Tração: dianteira
Dimensões: 4,14 m (c), 1,78 m (l), 1,55 m (a)
Entre-eixos: 2,564 m
Pneus: 205/55 R17
Porta-malas: 400 litros (oficial) – 334 litros*
Tanque: 40 litros
Peso: 1.187 kg
0-100 km/h: 9s9*
Velocidade máxima: 182 km/h*
Consumo cidade: 15,7 km/l*
Consumo estrada: 18,2 km/l*
Nota do Inmetro: não vendido no Brasil