01/02/2011 - 0:00
EMISSÃO DE CO2 167 g/km
MÉDIA COM ETANOL = ZERO
R$ 46.270 SUGERIDO
A Fiat incrementou o visual da Strada: esta nova versão Sporting ganhou rodas 16″, faróis com máscara negra, minissaias e faixas laterais, volante e câmbio com costura aparente, cintos de segurança na cor vermelha e pedaleiras cromadas. Sem dúvida, ela cou bonita. Mas, se outros modelos já decepcionaram pelo visual que não condiz com o desempenho, aqui a situação é ainda pior.
Na versão Adventure, a picapinha – apesar da idade – ainda desbanca as rivais no “off-road light”: mais alta e com o bloqueio do diferencial , não é ameaçada pelas concorrentes “aventureiras”. Mas é no asfalto que a situação da Strada se complica. Faltam a ela qualidades para brigar com as mais novas (e esportivas) Saveiro, Hoggar e Montana.
Com a nova fantasia, dá até para car animado com a novidade. Mas aí chega a hora de pilotar a tal Strada – e essa imagem desmorona. Esqueça a posição de dirigir baixa de um esportivo. A Strada tem banco alto – e não adianta procurar por um ajuste.
O volante, inclinado, não ajuda o motorista a se sentir em um carro de corrida. Na estrada, a situação piora: a suspensão tem curso longo e eixo rígido na traseira. Apesar das molas e amortecedores terem sido endurecidos, ela ainda é macia demais nas curvas (onde não ca claro se quer sair de frente, de traseira ou por inteira, mas evidente que não se deve abusar). Claramente o resultado de um projeto em que a esportividade nunca foi uma prioridade.
Mas há, sim, uma característica mecânica que combina com o visual: o motor E.torQ 1.8. Com pouco peso para carregar e aliado a um câmbio de engates bons e curtos (e relação do diferencial reduzida nesta versão), ele entrega força. É preciso mantê-lo girando alto para desfrutar do torque, mas o resultado é bom. Chega a 100 km/h em dez segundos, com retomadas e cientes, e dá para passar dos 180 km/h – o que não deve ser feito em curvas ou quando há a possibilidade de um desvio brusco de trajetória.
É muita pretensão querer usar uma picape tão boa na terra (e também no trabalho pesado), a única do segmento com eixo rígido na traseira (que proporciona mais robustez que estabilidade), como base para um “esportivo”. Motor e visual servem ao objetivo, mas a Strada ainda é muito melhor na versão Adventure. Só considere a compra (aliás, também é cara) se, para você, dirigibilidade não é nada, mas imagem é tudo!