Mattia Binotto, chefe de operações da Sauber, atual equipe do brasileiro Gabriel Bortoleto, já projeta briga por título na Fórmula 1 em 2030. Responsável pelo processo que vai transformar a escuderia na Audi no ano que vem, ele vislumbra o topo em um curto período e aposta na mentalidade inovadora da montadora para se tornar um time de vanguarda.

Peça fundamental nesta operação, o engenheiro italiano fez um discurso otimista sobre as perspectivas que se apresentam. Após deixar a Ferrari, o Binotto encara a fase atual como o seu maior desafio.

“Tudo está indo bem e coisas boas estão por vir. Queremos lutar pelo título mundial em 2030”, afirmou Mattia em entrevista concedida ao jornal italiano “il Gionale”.

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Com um histórico de triunfos, a fabricante alemã colecionou vitórias em todas as áreas em que investiu no automobilismo – incluindo ralis, corridas de Endurance e o Rally Dakar. Ciente da responsabilidade, Binotto comentou sobre o que virá com a entrada oficial da Audi.

“Quando nos tornarmos Audi, as coisas vão mudar. Haverá pressão da mídia, assim como pressão interna de uma empresa acostumada a vencer. A Audi venceu à sua maneira, introduzindo tecnologias. Acho que a nossa responsabilidade não é apenas ganhar, mas fazer diferente do que a Fórmula 1 faz hoje”, afirmou.

Dentro de desse projeto de implantação, o dirigente comentou sobre a complexidade de criar um time vencedor, explicando que além de investir em cultura interna, métodos, ferramentas e estratégias “é essencial ter paciência”.

Nesta temporada, o Mundial de Construtores é dominado pela McLaren, que lidera a classificação com 584 pontos. A Sauber aparece em oitavo lugar com 51 – Nico Hülkenberg foi o piloto dentro da equipe que mais pontuou: 37.

Gabriel Bortoleto e Nico Hülkenberg, pilotos da Sauber – Foto: Erik Junius

Ainda em seu ano de estreia, Bortoleto conquistou 14 pontos até agora. Questionado sobre o desempenho de seus dois atletas neste ano, o elogio de Binotto ao jovem brasileiro foi cirúrgico.

“Ele [Bortoleto] será um piloto de ponta. Ele está com fome e quer crescer ainda mais”, disse Binotto à publicação italiana.

Por fim, ao ser convidado a escolher três nomes de ponta entre todos os do grid da F1, o atual tetracampeão Max Verstappen (Red Bull) surgiu como o grande competidor das pistas, mesmo estando longe da briga pelo título de 2025. “Há um piloto de topo: Max. Ele faz a diferença”, completou.