“Nossa, que carro é esse?” Todo dono de Kia Soul deve escutar essa pergunta pelo menos uma vez por dia. Depois da apresentação, a reação varia entre um receptivo “Que lindo!” e um desconfiado “Que estranho!” As linhas futuristas do utilitário coreano dividem opiniões. Como gosto não se discute, a única verdade absoluta é que o visual do Soul é muito ousado.

Mas, se o design externo espanta, por dentro o carro é muito mais comportado. O painel é preto e tem formas simples, com comandos. Ao abrir o porta-luvas e o porta-objetos do painel, a cor vermelha interna resgata o apelo ousado. Uma das principais qualidades do utilitário urbano é a posição elevada do motorista, que garante boa visibilidade e sensação de segurança.

Tanto para quem dirige como para os demais ocupantes, o Soul oferece bom espaço interno. A versão avaliada (completa com câmbio manual) tem preço de R$ 60.900. Equipado com motor de 124 cv, o modelo tem desempenho satisfatório e não decepciona quando se afunda o pedal direito.

Até agora, tudo que chegou do modelo nas revendas vendeu. Inicialmente, as filas chegavam a até seis meses. Hoje as coisas se estabilizaram, mas ainda há espera. E isso, mesmo sem a opção do motor com sistema bi-combustível. Ou seja, o Soul é uma grande ameaça para seus concorrentes já que o volume de vendas está dependendo só de quanto a marca é capaz de importar ao Brasil.

Apesar do visual polêmico, o Soul tem interior comportado. Não chega a ser careta, mas, para o Brasil, abandonou o acabamento bicolor contrastante