O novo VW Tiguan, que chega em meados de abril já como modelo 2019, é o primeiro da série de SUVs que a Volkswagen pretende lançar mundialmente até 2020. É uma estratégia da marca que visa possuir um utilitário em cada segmento do mercado mundial. Os alemães olharam o mercado global e perceberam que os veículos desse tipo são quase que uma preferência mundial e, para aqueles que pretendem assumir a liderança de produção e vendas no mundo, tem que necessariamente ter uma bela gama de crossovers e SUVs em seu portfólio.

Motorização

O Tiguan de segunda geração, apresentado no mercado europeu em 2015, passou a ser produzido no México para atender aos mercados da América do Norte e da América do Sul. Por aqui, seguindo uma tendência tecnológica, o modelo será ofertado com duas motorizações: 1.4 TSI de 150cv com torque máximo de 25,5 kgfm e 2.0 TSI de 180cv e 32,6 kgfm de torque máximo. Com motor 1.4, o Novo Tiguan virá equipado com o câmbio DSG de dupla embreagem e seis marchas e, nesse caso, apenas com tração dianteira e bloqueio eletrônico do diferencial para pisos de baixa aderência, como lama e barro. Com o motor 2.0, o novo SUV traz também em sua configuração o câmbio DSG de dupla embreagem, mas com 7 marchas. Essa versão top de linha tem tração integral, fato que permite ao modelo trafegar por situações de terrenos de difícil aderência.

Versões e equipamentos

O novo Tiguan deverá ser ofertado em duas versões. A Comfortline, equipada com o motor 1.4 TSI, custará ao redor dos R$ 138 mil em sua versão básica de cinco lugares. Se o consumidor assim desejar, essa mesma versão pode ser adquirida com sete lugares, reduzindo drasticamente para 230 litros a excelente capacidade do porta-malas que, na configuração de cinco lugares, tem ótimos 760 litros (de longe, a maior da categoria). Essa versão Comfortline trará de série controles de estabilidade e tração, assistente de partida em rampas, Isofix, seis airbags, detector de fadiga, monitor de pressão dos pneus, sensores de chuva e crepuscular, ar-condicionado digital, detector de ponto cego, câmera de ré, piloto automático, freio de estacionamento elétrico, central multimídia de 8”, sensores de estacionamento dianteiro e traseiro, partida por botão, luzes diurnas de LED, rodas de liga-leve aro 17, entre outros.

Para o público mais exigente, a Volkswagen oferecerá a versão Highline, essa sempre equipada com motor 2.0 TSI, câmbio DSG de sete marchas e tração integral. Essa versão anabolizada deverá custar algo ao redor dos R$ 150 mil em sua configuração básica de 5 lugares. Se for necessário, essa versão Highline também poderá ser adquirida com a terceira fileira de bancos. De série, a sofisticada versão terá, além dos itens da Comfortline, abertura automática da tampa do porta-malas por movimento dos pés, bancos forrados em couro, banco do motorista com ajustes elétricos, faróis de LED, rodas de liga-leve aro 19, ar-condicionado digital de três zonas, entre outros.

Concorrentes

A plataforma do Novo Tiguan é a MQB, uma base universal e flexível que permite aos engenheiros alterarem a distância entre os eixos e a bitola de acordo com as necessidades do projeto. Essa base flexível permite que ela seja utilizada, por exemplo, no Polo e no do Novo Tiguan, com utilizações e dimensões tão diferentes. No Novo Tiguan, a suspensão traseira é feita através de um conjunto independente, a exemplo do que acontece no Golf GTI. Um sistema moderno e de alta eficiência, tanto no conforto quanto na estabilidade direcional e aderência em curvas. Uma maneira bem moderna de se construir carros. No Tiguan, por exemplo, essa plataforma permitiu uma distância entre os eixos dianteiro e traseiro de 2,79m. Na prática, esse fato significou ao consumidor um bom espaço interno e um porta-malas que é o maior entre os SUVs oferecidos no mercado nacional.

Dimensionalmente falando, o Novo Tiguan mostra-se superior aos principais concorrentes do segmento (leia-se Jeep Compass, Audi Q3, Chevrolet Equinox, Honda CR-V, Hyundai New Tucson e Peugeot 3008). No comprimento ele é o mais longo (com 4,70m), tem a maior distância entre-eixos e o maior volume de porta-malas (sem a terceira fileira de bancos).

Entre os concorrentes citados, todos estão embolados quando o assunto é preço e os equipamentos ofertados. Claro que, nesse caso, a grande diferença ficará por conta do pós-venda: quem oferecer a maior rede de revendas e a responsabilidade do fornecimento de peças com preços atraentes nas revisões, vai acabar conquistando o consumidor que, nesse segmento, é alguém bem instruído. E que sabe o que está comprando, o que espera do produto e qual será o retorno e a facilidade no momento da revenda. Esse consumidor vai considerar todos esses aspectos no momento da escolha e, acredito, que a compra será muito mais racional do que emocional. O consumidor comprará o produto que trouxer a ele as maiores vantagens.

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