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É hora de pensar pequeno na Volvo. Finalizada a plataforma SPA, das famílias 90 e 60, todos os esforços estão voltados para outra base, essencial na renovação da gama e batizada Common Modular Architecture (plataforma modular comum). O “comum” se refere ao planejamento junto com a chinesa Geely, que comprou a Volvo em 2010. Já o “modular” é relativo, ao menos em tamanho. Entre-eixos e balanços são variáveis, mas a CMA é para uma única família, a 40, disponível em três variantes: S, DC, XC. Seguindo a moda, ela estreará no crossover XC40, que – já confirmamos – vem ao Brasil brigar com Audi Q3, Mercedes GLA e BMW X1.

Nossas ilustrações exclusivas mostram como deve ficar o modelo, previsto para ser lançado em um ano. Sem abandonar elementos típicos da marca sueca, ele marca uma ruptura significativa com a tradição: fortes contrastes de elementos gráficos, grade quadrada, linha de cintura crescente e “ombros” menos acentuados – algo inevitável quando devem prevalecer habitabilidade e funcionalidade. Menos definida, porque estreia mais adiante, é a variante (única) que substituirá sedã e perua. Na verdade, o centro de design na Suécia procura uma solução fora do comum, não comparável nem ao três volumes clássico nem ao hatchback típico – dadas as suas ambições globais. Será uma espécie de dois volumes e meio.

A modularidade da plataforma CMA está, na verdade, mais ligada à necessidade de adotar combustíveis alternativos. Híbridos plug-in e elétricos estão destinados a ocupar um papel importante na linha Volvo, uma vez que a marca quer vender mais de 1 milhão de unidades desse tipo de veículo até 2025. A combinação de um motor elétrico e um a gasolina 3 cilindros turbo vai resultar em 250 cv, com as baterias inseridas no túnel central. O objetivo é autonomia de 50 km sem emissões – que viram 350 km na versão totalmente elétrica.