Sempre gostei do Journey, a versão original do Freemont feita pela Dodge, mas seu desempenho nunca foi brilhante, apesar do V6 de 185 cv e do câ 

Sempre gostei do Journey, a versão original do Freemont feita pela Dodge, mas seu desempenho nunca foi brilhante, apesar do V6 de 185 cv e do câmbio sequencial de seis marchas. Aí me vem a Fiat e lança o mesmo modelo com um propulsor quatro cilindros de 172 cv e câmbio de quatro marchas. “Brincadeira, né?”, pensei. Até entendo a posição da marca, mas daí a eu gostar do carro é outra história. Mas confesso que foi um julgamento apressado.

O desempenho, de fato, não é ideal. Em subidas de serra ou ultrapassagens, a mecânica se esforça para não decepcionar o motorista: o câmbio reduz o mais rápido que consegue, o motor se esgana. E, mesmo assim, ele é mais lento do que você gostaria. Quem tem o desempenho no topo de suas prioridades não cará satisfeito. Mas em 90% do tempo, ele oferece o su ciente para um familiar. Não ca tão distante do Journey. A unidade motriz, com torque desde as mais baixas rotações e funcionamento suave e silencioso, dá conta do recado ao movimentar o grandalhão na cidade. Sem contar que ele oferece a mesma boa dinâmica do irmão gêmeo, um de seus pontos altos. E, com a calibragem da Fiat, ficou até melhor em conforto. Além disso, supera o Journey em silêncio, acabamento e maciez dos bancos. Superioridade que se justi ca, em parte, pelo fato de o Fiat derivar da nova geração do Journey, que ainda não chegou ao Brasil.

Essa versão de entrada tem alguns delizes como os ajustes manuais dos bancos e a ausência imperdoável do sensor de estacionamento. Mas, para rodar com a família, foi irrepreensível. Sua altura ajuda na hora de ajustar a cadeirinha de bebê, a largura garante que os irmãos mantenham uma distância de segurança, o bom comportamento dinâmico evita reclamações do tipo “tô com enjoo!”, durante as viagens ao alto da serra, o espelho auxiliar colabora na supervisão da garotada e os porta-objetos acomodam toda a tralha.

Se eu compraria? Avaliando o que o mercado oferece hoje, se eu estivesse querendo um crossover, o único concorrente que me faria abandonar o Freemont seria o Peugeot 3008, principalmente por causa do desempenho e do prazer ao volante. Se estivéssemos falando do Freemont sete lugares, aí a coisa mudaria de gura.

O painel tem linhas modernas e materiais emborrachados. Nos detalhes acima, o botão para partida sem usar a chave e a alavanca do câmbio de quatro marchas. Abaixo, o som touchscreen e o ar-condicionado manual

O espaço para os passageiros e para suas bagagens é bastante generoso

 

CONTRAPONTO

Discordo da Ana Flávia Furlan em relação ao desempenho do Freemont como familiar. Levando cinco pessoas e carregado de bagagens, o carro sofre nas acelerações e retomadas, o que prejudica viagens em família, por exemplo. No dia a dia, partilho de sua opinião: o carro não é nenhum bólido, mas suas reações calmas são adequadas a um carro que roda com adultos e crianças na cidade. Nessas condições, gostei do carrão comercializado pela Fiat. Calmo, trouxe um fator novo inexistente nos Dodge: o baixo consumo de combustível. Se tivesse as seis marchas do câmbio automático do Dodge, a sensação dos 172 cv do quatro cilindros caria bem mais próxima da dos 185 cv do seis cilindros da Dodge. Segundo informações que temos de bastidores, para que não existam con itos entre a Dodge e a Fiat na comercialização do modelo em nosso mercado,a marca italiana cará com o quatro cilindros e a americana, com o mercado das versões mais caras, equipadas com o novo motor 3.6 V6 de 283 cv.

DOUGLAS MENDONÇA| DIRETOR DE REDAÇÃO

 

1 – Chevrolet Captiva

“O motor tem quase a mesma

potência, mas seu câmbio de

seis marchas é melhor. No espaço

interno, leva desvantagem.”

Flavio R. Silveira

2 – Honda CR-V

“Apesar do acabamento simples e do motor mais fraco, é bom de dirigir e econômico. Sua nova geração chega no ano que vem.”

Bruna Marconi

3 – Kia Sportage

“Com o design mais agressivo do segmento, tem até la de espera. Motor e câmbio são bons, mas o acabamento é bastante simples.”

Rafael Poci Déa

 mbio sequencial de seis marchas. Aí me vem a Fiat e lança o mesmo modelo com um propulsor quatro cilindros de 172 cv e câmbio de quatro marchas. “Brincadeira, né?”, pensei. Até entendo a posição da marca, mas daí a eu gostar do carro é outra história. Mas confesso que foi um julgamento apressado.

O desempenho, de fato, não é ideal. Em subidas de serra ou ultrapassagens, a mecânica se esforça para não decepcionar o motorista: o câmbio reduz o mais rápido que consegue, o motor se esgana. E, mesmo assim, ele é mais lento do que você gostaria. Quem tem o desempenho no topo de suas prioridades não cará satisfeito. Mas em 90% do tempo, ele oferece o su ciente para um familiar. Não ca tão distante do Journey. A unidade motriz, com torque desde as mais baixas rotações e funcionamento suave e silencioso, dá conta do recado ao movimentar o grandalhão na cidade. Sem contar que ele oferece a mesma boa dinâmica do irmão gêmeo, um de seus pontos altos. E, com a calibragem da Fiat, ficou até melhor em conforto. Além disso, supera o Journey em silêncio, acabamento e maciez dos bancos. Superioridade que se justi ca, em parte, pelo fato de o Fiat derivar da nova geração do Journey, que ainda não chegou ao Brasil.

Essa versão de entrada tem alguns delizes como os ajustes manuais dos bancos e a ausência imperdoável do sensor de estacionamento. Mas, para rodar com a família, foi irrepreensível. Sua altura ajuda na hora de ajustar a cadeirinha de bebê, a largura garante que os irmãos mantenham uma distância de segurança, o bom comportamento dinâmico evita reclamações do tipo “tô com enjoo!”, durante as viagens ao alto da serra, o espelho auxiliar colabora na supervisão da garotada e os porta-objetos acomodam toda a tralha.

Se eu compraria? Avaliando o que o mercado oferece hoje, se eu estivesse querendo um crossover, o único concorrente que me faria abandonar o Freemont seria o Peugeot 3008, principalmente por causa do desempenho e do prazer ao volante. Se estivéssemos falando do Freemont sete lugares, aí a coisa mudaria de gura.

O painel tem linhas modernas e materiais emborrachados. Nos detalhes acima, o botão para partida sem usar a chave e a alavanca do câmbio de quatro marchas. Abaixo, o som touchscreen e o ar-condicionado manual

O espaço para os passageiros e para suas bagagens é bastante generoso

 

 

 

CONTRAPONTO

Discordo da Ana Flávia Furlan em relação ao desempenho do Freemont como familiar. Levando cinco pessoas e carregado de bagagens, o carro sofre nas acelerações e retomadas, o que prejudica viagens em família, por exemplo. No dia a dia, partilho de sua opinião: o carro não é nenhum bólido, mas suas reações calmas são adequadas a um carro que roda com adultos e crianças na cidade. Nessas condições, gostei do carrão comercializado pela Fiat. Calmo, trouxe um fator novo inexistente nos Dodge: o baixo consumo de combustível. Se tivesse as seis marchas do câmbio automático do Dodge, a sensação dos 172 cv do quatro cilindros caria bem mais próxima da dos 185 cv do seis cilindros da Dodge. Segundo informações que temos de bastidores, para que não existam con itos entre a Dodge e a Fiat na comercialização do modelo em nosso mercado,a marca italiana cará com o quatro cilindros e a americana, com o mercado das versões mais caras, equipadas com o novo motor 3.6 V6 de 283 cv.

DOUGLAS MENDONÇA| DIRETOR DE REDAÇÃO

 

 

Chevrolet Captiva

“O motor tem quase a mesma

potência, mas seu câmbio de

seis marchas é melhor. No espaço

interno, leva desvantagem.”

Flavio R. Silveira

Honda CR-V

“Apesar do acabamento simples e do motor mais fraco, é bom de dirigir e econômico. Sua nova geração chega no ano que vem.”

Bruna Marconi

Kia Sportage

“Com o design mais agressivo do segmento, tem até la de espera. Motor e câmbio são bons, mas o acabamento é bastante simples.”

Rafael Poci Déa