Posso utilizar pneus que sejam de marcas ou medidas diferentes em apenas uma das rodas de meu carro?

Cada marca e cada gama de pneus tem características diferentes quanto à aderência e ao conforto, entre outros fatores.

Por isso, eles têm de ser todos iguais. Em casos emergenciais, você pode até usar pneus diferentes, mas tem de ser nas duas rodas de um mesmo eixo. “Pneus diferentes montados em um mesmo eixo provocarão um desequilíbrio do veículo, o que prejudicará seu comportamento, podendo, em uma freada emergencial, por exemplo, tirar o carro da trajetória”, explica Flávio Santana, gerente de marketing de produtos da Michelin para a América Latina.

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Posso mudar a marca dos pneus do meu carro ou preciso sempre utilizar a que foi recomendada pela montadora?

Caso você substitua por pneus de mesmas características não há problema. E isso não signi ca apenas que eles tenham a mesma medida. Cada pneu tem um índice de carga (a que pode ser submetido), um símbolo de velocidade e um tipo de aplicação (asfalto, neve, off-road, misto). Tudo isso precisa ser levado em consideração, mas a troca de marca é possível, sim. “O ideal é que o pneu escolhido tenha a capacidade igual ou maior do que a do original homologado pela montadora”, adverte Vinícius Sá, gerente de marketing de pneus de automóveis da Goodyear.

Como faço o rodízio de pneus?

O rodízio faz parte da manutenção preventiva e deve ser feita periodicamente, entre cinco e dez mil quilômetros, para que todos os pneus se desgastem igualmente.

Mas a forma como esse procedimento deve ser feito depende de diversos fatores. Nos carros 4×4, por exemplo, a mudança é em X; nos tração traseira, os pneus de trás vão para a frente em linha reta e os dianteiros vão para trás, mas cruzados. Já no caso dos carros com tração dianteira, trocam-se os eixos apenas: os dianteiros vão para trás e os traseiros para a frente. Mas há outras variáveis, como o sentido de giro e a assimetria dos desenhos da banda, que também devem ser considerados. Além disso, há alterações nos esquemas de rodízio usadas para corrigir pequenas irregularidades nos penus. Ou seja, o ideal é fazer o serviço em uma loja especializada ou, no mínimo, ler o manual do carro com atenção.

Pneu tem prazo de validade? Posso guardálo, sem uso, por tempo indeterminado?

Os pneus não têm prazo de validade, o que existe é o prazo de garantia do fabricante que, em geral, é de cinco anos. O problema é que a borracha perde a elasticidade com o passar do tempo. O ideal é que se troque um pneu – com ou sem uso – em, no máximo, dez anos, mesmo que ele não tenha sido usado ou não apresente desgaste. “Quando necessário, os pneus devem ser substituídos, independentemente do período de vida para o qual ele foi projetado”, alerta César Maldonado, gerente de serviços ao consumidor da Continental.

Como sei se está na hora de trocar os pneus? Tenho que trocar os quatro de uma só vez?

É só car atento. Os pneus devem se trocados quando a banda de rodagem for gasta até a marca TWI (Tread Wear Indicator), que é uma barrinha no fundo de cada sulco. Isso pode ocorrer homogeneamente ou de forma irregular, apenas em algumas partes do pneu, se a manutenção não estiver adequada. Na hora de efetuar a substituição, o ideal é fazer a troca de todo o jogo. Se for fazer por partes, faça de dois em dois, colocando sempre os pneus novos no eixo traseiro, independentemente de ser um carro com tração dianteira ou traseira.

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Existem hábitos de conservação que podem aumentar a vida útil dos pneus?

Sim, os hábitos do motorista podem aumentar ou diminuir a vida útil dos pneus. Segundo José Carlos Quadrelli, gerentegeral de vendas da Bridgestone, existem dez regras básicas a serem seguidas. “Calibrar os pneus semanalmente; fazer rodízios periódicos; evitar a sobrecarga do veículo; fazer manutenção preventiva no carro; utilizar os pneus com as medidas recomendadas pelo fabricante; fazer alinhamento e balanceamento a cada dez mil quilômetros ou quando o carro sofrer algum impacto; utilizar o pneu indicado para o tipo de pista por onde se trafega; observar periodicamente o indicador de desgaste dos sulcos; não permitir o contato do pneu com derivados de petróleo e solventes; evitar dirigir agressivamente, com freadas fortes e mudanças bruscas de direção.”

O que é um pneu verde?

São pneus desenvolvidos para economizar combustível, sem perder e ciência ou diminuir sua vida útil. Com o uso de nanotecnologia, polímeros de última geração e a redução do peso, as marcas conseguem desenvolver peças com menor resistência à rolagem e, consequentemente, com menor consumo.

Como faço para mudar as medidas do meu conjunto de rodas e pneus. Isso acarreta alterações sérias no carro?

Essa troca pode ser feita, sim; mas exige atenção e alguns cuidados. Quando é projetado pelo fabricante, o veículo tem uma relação de transmissão. Ou seja, cada giro do motor deve corresponder a uma determinada distância Percorrida na marcha escolhida. E isso depende diretamente do conjunto roda-pneu. “A regra básica é manter o mesmo diâmetro externo, com tolarância de 3%, segundo recomendação do Inmetro. Podemos, por exemplo, montar um pneu mais baixo, em uma roda maior.

Assim manteremos o mesmo diâmetro”, sugere Flávio Santana, gerente de marketing produto para a Michelin América do Sul. Caso essa regra não seja respeitada, acarretará problemas de desempenho, diminuição do torque, alteração da velocidade nal e até mesmo os instrumentos, como o hodômetro e o velocímetro, serão alterados.

Mas é bom esclarecer que, mesmo fazendo a troca certinha, algumas mudanças poderão ser sentidas, com relação à aderência e ao conforto. Um pneu mais largo e no, por exemplo, deixará

o carro mais preso ao chão por ter uma área maior de contato, mas isso diminui o conforto, aumenta o arrasto e, consequentemente, o consumo de combustível.

1) Construção

Essa indicação mostra o tipo de construção do pneu, neste caso, radial, sem câmara.

2) Sentido de giro

Esta marcação indica o sentido de giro do pneu e mostra o lado que deve estar para fora.

3) Limites

Max Load: indica a carga máxima que o pneu suporta Max Press: indica a pressão máxima na calibragem.

4) Características

Índice de Carga e Símbolo de Velocidade: o número indica o peso máximo que cada pneu suporta e a letra mostra a velocidade máxima a que pode ser submetido: T (até 190 km/h), V (até 240 km/h) e Y (até 300 km/h).

Em um pneu 175/70 R13. O que significam esses números e letras?

A primeira medida, 175, é a largura máxima do pneu em milímetros. A segunda indica a série ou o per l do pneu. Significa que a altura deste pneu corresponde a 70% de sua largura. Quanto menor esse valor, mais baixo será o pneu. “Um série 60 tem um per l mais baixo e uma aparência mais larga que um série 70”, explica Vinícius Sá, gerente de marketing da Goodyear. Já a letra R indica que se trata de um pneu de construção radial e o último número é o diâmetro interno do pneu em polegadas. Por isso sempre corresponde ao tamanho da roda em que será montado.

Se pegar um buraco, como sei se a roda foi danificada? Ela pode ser consertada?

Se o pneu vazar, indica que houve trinca na roda e pode colocar sua segurança em risco. Se a direção trepidar, pode ser que a roda tenha sido amassada. Nos dois casos, o melhor é substituir o componente. Agora, se o dano for apenas estético (como um risco ou um arranhão), dá, sim, para fazer o reparo. De qualquer forma, depois de um impacto é sempre bom procurar uma oficina e fazer, calibragem, alinhamento e balanceamento.

Como devo calibrar os pneus?

As regras para a calibragem estão no manual do proprietário e mudam dependendo do carro, do tipo de pneu e da carga que será transportada. “Calibre os quatro pneus e o estepe semanalmente, sempre quando estiverem frios”, recomenda Fábio Magliano, gerente de produtos Car e Motorsport da Pirelli na América Latina.

A roda de liga tem alguma função? Do que elas são feitas?

Por ser mais leve, a roda de liga, além de mais leve, colabora para diminuir o consumo de combustível do carro por quilômetro rodado. “Basicamente existem duas ligas: uma tratável termicamente (alumínio com 7% de silício e algum magnésio) e outra não tratável (alumínio com 12% de silício), sendo que a última tem maior capacidade de absorver impactos”, explica Sidinei Colodeto Cristo, diretor da Volcano Wheels.