Na linha 2014 do Fiat Freemont, uma boa e uma má notícia. A boa é que sua transmissão automática evoluiu. A má é que essa evolução veio acompanhada de um aumento de preço que o deixou perigosamente próximo do Dodge Journey – modelo que lhe serviu de base e é quase exatamente o mesmo carro, mas com um motor mais potente. Voltaremos a ele adiante.

Primeiro, então, a boa notícia. O câmbio automático de quatro marchas, que era o principal alvo de críticas?ao modelo, agora tem seis velocidades (na verdade, é como se tivesse seis e meia, pois a quarta marcha tem uma relação na“subida” e duas na redução). Essa mudança gerou uma melhoria de dirigibilidade notável. Aceleração e velocidade máxima não mudaram, mas em retomadas e subidas as “esticadas” ficaram menos frequentes e as mudanças, mais suaves.

Mesmo assim, não espere um desempenho brilhante. Rodar com o Freemont carregado ou encarar subidas (e, principalmente, as duas coisas juntas) ainda requer paciência. “Culpa” da relação peso/potência de quase 11 kg/cv. Mas, em um carro brilhante para o uso familiar, isso pode até ser deixado de lado. Há porta-objetos em toda a parte (debaixo do banco, sob o assoalho…), arcondicionado com saídas no teto, a praticidade dos sete lugares com bancos fáceis de rebater e um sistema multimídia quase completo (mas faltou traduzir os comandos de voz).

Agora, a má notícia. O Freemont 2013 saía por R$ 85.190 (Emotion) e R$ 89.990 (Precision). Agora, a versão de entrada passou a R$95 mil e a topo de linha, a R$ 102 mil (com bancos de couro, teto solar e rodas aro19, chega a R$ 109.106). Aí aparece em cena o “quase-gêmeo” Journey. Unidades zero-quilômetro da versão SXT 2012, em estoque, são vendidas por R$109.900. Tem quase tudo igual ao Fiat (menos o GPS e a enorme rede de assistência), só que, sob o capô, um moderno V6 de 280 cv e 34,9 kgfm. Uma bela diferença! Se você mora em um local atendido pela Dodge, pode ser melhor negócio – mas não esqueça que você terá um carro 2012, e não 2014.