Três coisas básicas que você precisa saber sobre o Paceman. Primeira: é um Mini diferente dos outros Mini. Segunda: ele é um cupê esportivo rápido e duro. Terceiro: seu CD player não conhece os Beatles. Um detalhe curioso, pois poucas coisas representam tão bem a Inglaterra como o Mini e os Beatles – foi engraçado ver o painel exibir as frases “intérprete desconhecido”e “álbum desconhecido” quando tocava o obra-prima dos Fab Four.

O caráter britânico do Mini Paceman já surge nos espelhos, encobertos com o desenho da Union Flag, que unifica os estandartes da Inglaterra, Escócia e Irlanda. Disponível apenas na configuração SS51, com câmbio automático sequencial de seis marchas e trocas por borboletas no volante, o carro não desaponta quem busca potência. O motor 4 cilindros 1.6 turbo oferece 184 cv de potência. É pisar no acelerador e o Paceman responde na hora. Mas não faça isso em pisos ruins, pois a suspensão é extremamente dura – como de fato convém a um esportivo – e os pneus têm perfil baixo: 225/45 R18. O resultado é cruel quando se pega um buraco e alguns solavancos em pisos irregulares. Mas em bom asfalto ele empolga. E nas curvas ainda conta com controle de estabilidade.

O Mini Cooper S Paceman é um dos três carros mais caros da linha no Brasil: R$ 139.950 e mais R$ 1.000 com pintura metálica – mesmos valores do S Cabrio Highgate e S Roadster Top. O que o Paceman tem de diferente deles? É mais longo, tem o teto inclinado e ganhou forma de cupê. Pela primeira vez, as lanternas traseiras de um Mini são horizontais.

Para o motorista, o carro é um show. Na parte superior, os botões das luzes internas e do teto solar lembram os de um avião. Os comandos são diferentes, mas intuitivos. Atrás do volante fica um grande conta-giros com a velocidade em números pequenos, mas no meio do painel há um enorme velocímetro redondo. Dentro do círculo ficam as informações sobre navegação, consumo, configurações do veículo e o sistema de som que não conhece os Beatles e provavelmente nem os Rolling Stones.