Na edição passada (MS 331), avaliamos o Mercedes S 400 Hybrid, primeiro híbrido do Brasil. É em reação a ele que a BMW mostra no Salão (e começa a comercializar no segundo semestre de 2011) este ActiveHybrid 7, a versão híbrida do Série 7. Quanto ao luxo e ao conforto, nem é preciso falar. Ele é a “jóia da coroa” da linha BMW: os bancos traseiros são reclináveis, e um sistema projeta velocidade e informações do GPS no para-brisa, diante do motorista – só para citar dois exemplos. Então vamos ao que interessa…

Assim como o Mercedes, o ActiveHybrid 7 é um mildhybrid. Seu motor elétrico jamais atua sozinho, mas dá força extra (20 cv) ao motor a gasolina. Ele armazena a energia das desacelerações e frenagens, que seria desperdiçada, em baterias de íons de lítio (como as dos celulares), para, depois, usar essa energia em acelerações e retomadas. Além disso, como o Mercedes, ele tem o sistema Start-Stop, que reduz o consumo desligando o motor quando se para em semáforos ou no trânsito e o religa quando o motorista tira o pé do freio.

O resultado, como comprovamos em um test-drive na Alemanha, é bom: com uma potência total de 465 cv e 71,4 kgfm de torque, este BMW anda mais que sua versão não híbrida, o 750i – que, com 407 cv, ainda emite 27% mais CO2. O menor consumo é obtido intercalando-se desacelerações e frenagens – quando se armazena energia – com trechos “normais”. Isso porque as baterias se esgotam rapidamente, e, quando se ca sem armazenar eletricidade (velocidade constante em longas retas, por exemplo), os benefícios se tornam insigni cantes.

Mas, aqui, o benefício ao ambiente é mais de fachada. Enquanto a Mercedes usa, no S 400, um motor V6 de modelos menores, que não dava conta de impulsionar o grande Classe S – mas que, com a ajuda elétrica, cou adequado a ele (e com consumo baixo) -, a BMW usa o mesmo “motorzão” 4.4 do 750i para, com o auxílio elétrico, ter um desempenho de tirar o fôlego (zero a 100 km/h em 4,9 segundos). Por isso, a emissão de CO2 passa dos 200 g/km e o consumo não impressiona. Usa-se a “bandeira verde” pelo marketing, com um resultado, na prática, não muito elogiável do ponto de vista ambiental.

 

 

No painel, o ciclo de energia do motor elétrico auxiliando o motor a combustão (abaixo) ou o motor elétrico sendo carregado (ao lado)

O motor elétrico fica no eixo traseiro. Entre o meio do banco e o porta-malas

NOVOS X3 E X5 LCI

A nova geração do X3, acima, foi lançada este mês no Salão de Paris e já “correu” aqui para São Paulo, onde é um dos principais destaques do estande. Já o X5 ganha o “apelido” LCI (Life Cycle Impulse, ou “impulso de ciclo de vida”): o jeito BMW de falar “reestilização”. Além disso, o estande também mostrará a linha completa da marca e algumas motos (leia mais nesta edição).

 

M3 GT2

A versão de competição do sedã M3 vem direto das pistas europeias para o estande da marca no Pavilhão do Anhembi.