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Na última vez que a Peugeot do Brasil resolveu distanciar seu hatch compacto vendido aqui do oferecido no mercado europeu, ele foi muito mal recebido: após o extremamente bem-sucedido 206, a marca lançou aqui um 207 “made in Brasil”, mantendo a plataforma e copiando parcialmente o design do primo rico, e sofreu uma verdadeira avalanche de críticas.

Assim, o 208 nacional atual é igual ao do Velho Continente. E assim deve continuar na próxima geração, que chega em 2019 à Europa e em 2020 deve começar a ser fabricado aqui em Porto Real (RJ). O fato de os números de vendas do 208 hoje no Brasil não serem nenhuma maravilha não significa que a marca abandonará o hatch. Na Europa, aliás, é um sucesso, ocupando a quinta colocação no segmento (perdeu por lá no ano passado para Renault Clio, VW Polo, Ford Fiesta e Opel Corsa, nessa ordem).

Na futura geração, adiantada aqui em ilustrações exclusivas, terá dianteira similar à do 308, enquanto a traseira será muito parecida com a do belíssimo 3008 que estreou no Brasil há meses. A carroceria será um pouco mais larga e mais longa que a do atual, novamente superando os 4 metros (o 207 europeu tinha 4,03 m; o 208 “encolheu” para 3,96). Assim, ficará mais competitivo diante de novidades recentes como VW Polo (4,05 m) e Fiat Argo (4 m). O inovador painel que a marca batizou de i-Cockpit, visto por cima do volante de dimensões reduzidas e que garante mais esportividade ao volante, será mantido – mas evoluirá nos recursos disponíveis.

O 3 cilindros 1.2 ganhará uma versão turbinada de 150 cv, que deve substituir o 1.6 16V por aqui. Na Europa terá também uma opção elétrica, com 115 cv e autonomia de 350 km – que só virá ao Brasil se houver incentivo do governo, o que é improvável a curto prazo. Um novo GTI também chegará com cerca de 230 cv, não sabemos se com o atual 1.6 THP modificado ou com o 1.2 turbo “super-vitaminado”.