Lançado na Europa em 2013, o Peugeot 2008 só chegou ao Brasil dois anos depois. Aí em 2016 ganhou uma reestilização de meia vida por lá, com mudanças sutis que ainda não chegaram ao nosso mercado. Então não sabemos exatamente quando essa segunda geração, que chega à Europa em 2019, virá para cá. Talvez só em 2021. Depende de como estiver nosso mercado até lá, da estratégia industrial (o 3008 pode ser nacionalizado) e também do sucesso do 2008 atual, revigorado recentemente com a caixa automática de seis marchas no lugar da de quatro, que atrapalhava as vendas.

ELÉTRICO: Em maio de 2016, Maxime Picat, diretor da marca Peugeot, falou de uma variante elétrica para o próximo 2008. Por enquanto, não parece realidade. / I-COCKPIT: O 2008 foi um dos primeiros modelos a trazer o painel que é visto por cima do volante, e manterá o esquema – levando-o um passo adiante nos controles no sistema de entretenimento (Ilustrações: Marcelo Poblete)

De qualquer forma, outro problema do 2008 hoje é a fórmula mista (crossover) perua-MPV com utilitário-esportivo – que não agrada tanto ao consumidor de hoje, aficcionado por SUVs. Assim, como aconteceu com o irmão 3008, o novo 2008 será mais SUV e menos crossover. Uma transformação que, de concreto, significa uma dianteira mais alta e vertical, um capô mais horizontal e uma linha de cintura mais alta (ilustramos aqui como deve ficar, inspirado justamente no modelo mais recente – e bem acertado).

A dianteira obviamente terá forte semelhanças com os mais atuais (e belos) 3008 e 5008, marcados pela grade hexagonal e pelos conjuntos óticos com linhas ascendentes ( Ilustrações: Marcelo Poblete)

Na Europa, o 2008 terá só o motor 1.2 PureTech 3 cilindros, hoje oferecido em versão aspirada de 82 cv e em duas turbo (110 e 130 cv). Aqui, por enquanto temos só o PureTech aspirado, e apenas no hatch 208, mas faria sentido na nova geração aposentar o atual 1.6 em nome da economia. Já em relação às transmissões, os europeus vão comemorar a chegada da automática de seis marchas que nós ganhamos agora (eles têm um robotizado que não agradou).

Outras decisões já tomadas sobre o 2008 dizem respeito à estratégia industrial. Uma versão híbrida plug-in foi descartada questões de custo; a tecnologia ficará reservada a modelos de segmentos superiores. Outro “não”, previsível, foi para a tração integral: o novo 2008 usará uma versão evoluída do Grip Control, que já estreou no 3008 (mas não vem hoje no modelo nacional). A terceira é mais interessante: uma surpresa que pode vir na plataforma usada. O 2008 pode abandonar a plataforma PF1 (dos “primos” Citroën C3 Aircross e Opel Crossland X) e adotar a mais evoluída base modular CMP – aproximando-se do mais nobre SUV compacto da submarca DS, que em 2018 terá a honra de inaugurar essa arquitetura.

OS CONCORRENTES

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