A base sobre a qual foi montado o novo Polo é flexível e formada por módulos que podem ser adaptados para abrigar vários modelos pequenos

Na reunião em que se decidiu o redirecionamento do Polo, o presidente do grupo VW, Martin Winterkorn, foi categórico com Walter de´ Silva, número um do centro de estilo: “Ele não deve agradar somente na Alemanha.”

Era janeiro de 2007. Dois anos se passaram e eis a quinta geração do carro. “Foi um trabalho estimulante”, conta o designer italiano. “Mas devo admitir que foi um desafio maior do que, por exemplo, dar forma a um superesportivo como o R8”, revela de´ Silva. “Optamos pela simplicidade e o novo Polo se faz notar pelas linhas limpas, sem adereços ou cromados estranhos”, finaliza.

De fato, o cartão de visitas do novo Polo é o design, mas o modelo não se faz admirável apenas por isso. Quem comprar esse carro terá a certeza de levar um compacto de vanguarda no que se refere a conforto, equipamentos e praticidade de uso. Sua lista de itens (dispostos em três versões de acabamento) compreende teto solar, refinado sistema de rádio e navegação, banco traseiro rebatível e bipartido, direção com assistência, airbag, ar-condicionado semiautomático, ABS e ESP (de série em todas as versões).

Maior nas dimensões da carroceria – que agora está mais resistente aos impactos – ele oferece novas opções de motores, incluindo um 1.4 de 90 cv que percorre 26 km com um litro de diesel e emite 96 g/km de CO2. No comprimento, o VW cresceu 3,6 cm, ficando com 3,95 metros. Na largura, o ganho foi de 3,2 cm, totalizando 1,68 metro. Em relação à altura, no entanto, ficou 1,3 cm mais baixo que o atual e o porta-malas comporta os mesmos 280 litros.

Nessa quinta geração, o Polo foi pensado sobre uma plataforma projetada para os carros pequenos do grupo VW. Uma estrutura flexível formada por módulos que podem se adaptar a diversos modelos, variando inclusive as dimensões. O esquema das suspensões, ao contrário, é o clássico: rodas independentes com MacPherson na dianteira e rodas semi-independentes na traseira. Quanto aos motores, o novo Polo oferece quatro opções a gasolina e quatro a diesel. Entre os gasolina, há uma versão 1.4 de 85 cv – que pode ser equipada com o câmbio DSG de sete marchas – e três 1.2 com 60 cv, 70 cv e 105 cv. Esse último propulsor (acoplado, de série, ao câmbio manual de seis marchas ou com a opção do DSG) é inédito na gama, assim como o 1.4 de 85 cv. Movidas a diesel, são quatro unidades de 1,6 litro, entre 75 cv e 105 cv.

O modelo estará nas lojas europeias em julho. Por aqui, sua chegada ainda não é certa, mas não restam dúvidas de que o nosso Polo evoluirá. Só não se sabe em qual direção.

A geração atual do Polo tem o mesmo design no Brasil e na Europa

O painel do modelo é ergonômico e o novo desenho do volante chama atenção. Na lista de opcionais, o câmbio automatizado de dupla embreagem, chamado de DSG