O nome Prisma pode enganar uma pessoa mal informada. Derivado do Chevrolet Onix, o novo Prisma nada tem a ver com aquele sedã apertado
que era a versão três volumes do Celta. Por isso, a General Motors tomou todo o cuidado para divulgar as qualidades do novo Prisma no rastro do sucesso do Onix. As vendas estão boas e já romperam a barreira dos 6.000 carros por mês. Ainda tem chão para alcançar o líder da categoria (Fiat Siena/Grand Siena, com mais de 10.000), mas sinaliza um futuro excelente para o carro no mercado de revenda.

O novo Prisma está disponível em cinco versões: 1.0 LT por R$ 36.190, 1.4 LT manual por R$ 40.290, 1.4 LT automático por R$ 46.890, 1.4 LTZ manual por R$ 47.490 e 1.4 LTZ automático por R$ 50.490. Avaliamos esta última versão, que não é nada barata. Mas o carro agrada. Tem bom espaço interno, design atual e um câmbio excelente. O Prisma utiliza a mesma caixa automática de seis velocidades que equipa o Chevrolet Cruze, entre outros. Uma exclusividade em sua categoria.

A segunda geração da transmissão GF6 proporciona o torque adequado em cada situação. Ao contrário do câmbio do Peugeot 408, por exemplo, ele não trava numa determinada marcha – e na subida a troca só é feita a 5.000 rpm. A GM não participa do Programa Brasileiro de Etiquetagem, mas o computador de bordo registrou bons 10,8 km/l de gasolina num circuito combinado cidade/estrada.

Um dos pontos altos do Prisma LTZ é o sistema MyLink. É fácil de usar, tem tela sensível ao toque e traz informações úteis para motorista e passageiro. Não podemos elogiar o quadro de instrumentos. O conta-giros tem uma proporção exagerada para um pacato sedã e destoa do resto do conjunto, pois só ele tem ponteiro – os demais marcadores são digitais. A posição de dirigir não é primorosa, mas deve agradar à maioria das pessoas, pois o motorista fica alto no carro. Os bancos são bastante macios, no porta-malas cabem 500 litros e a lista de equipamentos de série inclui até piloto automático. Sem dúvida, um sedã certinho.