A Nissan estreou no segmento de sedãs compactos com o Versa. Trata-se de um carro com visual controverso – perdoem o trocadilho infame –, mas que agrada pela funcionalidade e pelo conforto. Montado em Aguascalientes, no México, sobre a plataforma V (versátil), a mesma do compacto March, ele tem como grande atributo o ótimo espaço interno. Quem viaja no banco traseiro encontra um espaço para os joelhos maior do que em muitos sedãs médios, mas sente-se falta de espaço – e de um encosto de cabeça – para o terceiro ocupante. O acabamento, no entanto, poderia ser melhor: mesmo nesta versão topo de linha, SL, é simples e abusa do uso de plásticos.

Embora seja espaçoso por dentro, o Versa tem um porta-malas menor que o dos rivais Cobalt, Grand Siena, Logan – e maior que o do 207 Passion e do irmão maior Sentra. Além disso, tem a cômoda abertura interna e bancos traseiros rebatíveis. Outro ponto a favor do Versa é o banco do motorista com ajuste de altura, o rádio com entrada auxiliar e o painel “Fine Vision”, que incorpora a iluminação branca e os contornos dos instrumentos texturizados. Os airbags e a direção com assistência elétrica são de série desde a versão de entrada, S – que na linha 2012/2013 ganhou vidros elétricos.

Todas as versões têm motor 1.6 16V com bloco em alumínio e sistema de variação de abertura das válvulas, que contribui para o desempenho e a economia de combustível. Há boa força em baixas rotações e não é necessário muito esforço para o carro deslanchar. O câmbio manual tem engates bastante precisos e macios. As suspensões miram o conforto e absorvem bem as imperfeições sem descuidar da estabilidade nas curvas. A garantia é de três anos com preços fixos de revisão e mão de obra. O cliente ainda pode usar gratuitamente por dois anos o Nissan Way Assistance, que atende em casos de pane, colisão, furto ou pneu furado. Há também guincho ou até quatro dias de hospedagem e carro reserva também por quatro dias.