PAJERO SPORT FLEX SUGERIDO R$ 109.990

Em conjunto com a matriz japonesa e com a Magnetti Marelli, a Mitsubishi gastou 18 meses e US$ 10 milhões para desenvolver esta versão flex do Pajero Sport. Para rodar com álcool, o SUV ganhou novos filtro de combustível, injeção, central eletrônica, sede de válvulas, anéis e pistões, entre outras modificações – mas a taxa de compressão não foi modificada.

Para evitar uma reclamação comum dos consumidores novos de carros flex, que se queixam da baixa autonomia com álcool, o tanque de combustível foi aumentado de 75 litros para 90 litros e agora é de plástico (o anterior, de aço galvanizado, poderia sofrer corrosão). E, finalmente, adicionou-se o tanque de partida a frio.

Já as mudanças no design foram sutis e repetem as do modelo diesel 2010, lançado este ano: parachoques, grade dianteira, molduras do pisca, moldura da placa. Há também um novo aerofólio, este exclusivo da versão V6 Flex. Além disso, os pneus urbanos foram substituídos por outros, todo terreno, com aro 17 e perfil mais baixo.

No interior, o Pajero Sport ganhou mais detalhes em preto, arcondicionado digital automático com tela de LCD e som mais moderno, com bluetooth, entrada USB e conexão para iPod. Os bancos agora são de couro perfurado e o volante tem quatro raios (eram três).

No test drive realizado em estradas de asfalto, terra e até em uma trilha off-road de alta dificuldade na região de Itatiba (SP), pudemos comprovar que o resultado foi bastante satisfatório. A potência se manteve a mesma com gasolina (200 cv), mas com álcool subiu para 205 cv. Já no torque, com álcool, ganhou-se 1 kgfm (chegando a 32,3 kgfm às 3.500 rpm). Os dois números são melhores que os da versão a diesel, mais cara.

A barra de teto já estava presente na versão diesel, mas o spoiler é exclusivo do modelo V6 flexível

No reservatório de partida a frio, a recomendação é usar gasolina aditivada

A aceleração e velocidade máxima não impressionam, mas a capacidade de superar obstáculos sim – o Pajero Sport passou sem reclamar em todos eles, graças também aos bons ângulos de ataque e saída (33o e 29o, respectivamente). A tração é traseira, mas há a opção de 4×4 e reduzida. Mas, na maioria dos casos, o 4×4 com o câmbio na posição L resolve o problema. Há ainda um botão que segura o carro, evitando que ele desça ao se parar em subidas íngremes.

Nestas condições, ele mostra a que veio – é um legítimo SUV. Para os mais “urbanos”, a marca oferece o crossover Outlander, praticamente pelo mesmo preço.