Os brasileiros cada vez mais preferem carros automáticos – principalmente os familiares. Por isso, costuma ser até mais difícil revender crossovers como este CR-V com câmbio manual. Mas isso não quer dizer que você seja obrigado a comprar a versão sem o pedal de embreagem. Trocar as marchas tem suas vantagens. Com preço de R$ 83.920, esse CR-V LX MT é R$ 2.995 mais barato que a mesma configuração com câmbio automático. A economia pode ser pequena, mas há outras vantagens.

Para começar, no lugar das cinco marchas, aqui há seis. E isso, aliado à eliminação das perdas do conversor de torque, permite extrair mais do motor. É verdade que, sendo um modelo familiar, o desempenho pode não ser prioridade, mas boas retomadas são essenciais em ultrapassagens – uma questão de segurança. Além disso, para quem se importa com prazer ao volante, esse conjunto permite mais controle do carro. Outra vantagem está no consumo: não bastasse a caixa manual ser naturalmente mais econômica, a sexta marcha reduz os giros do motor, aumentando a e ciência e reduzindo o ruído. Na estrada, é fácil fazer marcas em torno de 15 km/l.

No mais, esse CR-V é igual à versão LX automática, com o que isso tem de bom e de ruim. Do lado positivo, o espaço interno é excepcional, assim como no porta-malas; as suspensões filtram irregularidades de modo exemplar e sem ruídos (estradas de terra parecem asfalto); o rebatimento do banco traseiro, com acionamento também por alavancas no porta-malas, é quase imbatível… Do negativo, a lista de equipamentos. Há câmera de ré e computador de bordo, entre outros itens, mas, na hora de cortar custos, a Honda passou do ponto. Tudo bem eliminar o ar digital e os bancos de couro, mas a cobertura do porta-malas e o controle de estabilidade (ESP), por exemplo, deveriam ter sido mantidos.

No  m das contas, esse CR-V é um ótimo carro. Mas há um importante motivo para não recomendar sua compra agora: a versão com motor ex chega em março. É melhor esperar.