A versão intermediária chega com um novo desenho para a roda, mas o conjunto continua o mesmo das demais 205/55 R16

O Honda Civic é um dos poucos sedãs médios que conseguiram construir uma imagem jovem e esportiva no Brasil. Com isso ele derrubou o argumento de muitos que a rmavam que sedã médio era carro de “tiozão”. Além de oferecer bastante conforto, o Civic também passa uma agradável sensação de esportividade não só no desempenho, mas também no visual externo e interno.

Foi exatamente essa quebra de paradigmas que colocou o Civic na liderança do segmento. Hoje a coisa mudou e o sedã japonês tem que se contentar com um tímido segundo lugar, longe de alcançar o Corolla. De acordo com os dados da Fenabrave, o modelo da Toyota fechou o mês de dezembro com uma confortável vantagem de três mil unidades à frente do compatriota Civic.

Com o objetivo de diminuir esta vantagem, a Honda apresentou a linha 2010 do modelo, disponibilizando mais uma versão ao consumidor. Na verdade, trata-se da velha e conhecida LXL, que era oferecida na antiga geração do Civic. “Ela será nosso carro-chefe”, previu o engenheiro Alfredo Guedes durante a apresentação do novo produto. Esta con guração cará entre a de entrada LXS e a top EXS.

Visualmente ela só se diferencia das demais pelo logotipo e pelas novas rodas. A mais do que o modelo de entrada, a LXL oferece o pisca integrado ao retrovisor, o controle de rádio no volante, as borboletas para as trocas de marchas sequenciais (apenas com o câmbio automático), a forração da parte de dentro da tampa do porta-malas, o sistema de som com tweeters nas portas frontais, o botão de abertura do porta-malas na chave e a opção de bancos de couro vindos de fábrica, item que, aliás, estava sendo oferecido no modelo LXS e que, com a chegada do LXL, não será mais vendido nessa versão.

Além de ser mais uma opção de escolha, a LXL traz inovações que também foram aplicadas às outras duas versões do modelo. O carro recebeu novo sistema de ar-condicionado com compressor elétrico e direção com assistência elétrica no lugar da hidráulica e a central de comando do câmbio automático teve de ser reacertada para fazer as trocas em rotações mais baixas.

Essas soluções proporcionaram ao Civic uma considerável otimização de desempenho e consumo. A título de comparação, o modelo 2009 tinha média de 7,45 km/l (etanol) e 11,05 km/l (gasolina), valores que passaram para 8,45 km/l e 12,15 km/l, respectivamente. O que lhe rendeu nota A na classi cação do Inmetro.

Mesmo com o discurso voltado para a modernização, o principal objetivo da Honda era mesmo o de conseguir conter o gasto com combustível, uma das principais críticas dos clientes. Ainda assim, deverá sofrer um grande “baque” com a chegada da versão 2.0 do Toyota Corolla (leia nesta edição). Pelo menos até que uma geração totalmente nova do Civic dê as caras. O que deve ocorrer no final de 2010.