Acima, o interior com acabamento impecável. À esquerda, o generoso espaço no banco traseiro e à direita o sistema de som (com entradas USB, auxiliar e para iPod dentro do apoio de braço), o ar-condicionado automático digital com duas zonas e a alavanca, em madeira nobre, do suave e e ciente câmbio automático sequencial – agora com seis marchas (antes eram cinco)

Foram apenas três meses entre seu lançamento e a chegada ao topo do ranking dos mais vendidos do segmento. O Hyundai Azera foi um vendaval em 2008. Este ano, as vendas do modelo antigo diminuíram um pouco, mas, antes que os concorrentes pudessem respirar com certo alívio, a marca coreana já reagiu com este modelo 2011 que avaliamos agora.

Ele chegou reestilizado, com novos faróis (remodelados e com LEDs), lanternas, para-choques, grade e rodas. Alterações sutis, mas que lhe garantiram um ar um pouco mais atualizado – apesar de ainda ter um design externo um tanto careta, se comparado ao de alguns de seus oponentes. Mas isso não parece ter muita importância, pois há uma legião de consumidores que procura sedãs de luxo justamente por suas características de discrição, sobriedade e conforto.

Aliás, para quem conforto é prioridade, o Azera é irretocável. O acabamento é benfeito, os materiais são de ótima qualidade e o espaço interno é de uma sala de estar. O espaço para as pernas é enorme e mesmo passageiros com mais de 1,90 m ficam confortáveis. O silêncio a bordo é outro ponto que impressiona. Com as janelas fechadas, até o som da buzina do próprio carro fica abafada. Os itens de série vão desde coisas bobas mas funcionais, como múltiplas tomadas de energia e cortinas, até um pacote de segurança que conta com oito airbags, entre outras coisas. Na versão 2011, o preço subiu, é verdade, mas – apesar de ter encarecido para dar espaço na linha ao novo Sonata – o coreano ainda tem uma das melhores relações custo/benefício da categoria.

 

Sob o capô, mais uma novidade: o motor V6 de 3,3 litros confeccionado em alumínio com comando variável de válvulas ganhou um upgrade de potência, passando de 245 cv para 265 cv (sempre a 6.000 rpm), mas mantendo o mesmo torque de 31 kgfm a boas 3.500 rpm. Esse novo propulsor, unido ao câmbio automático sequencial agora com seis marchas (antes eram cinco) impulsiona, sem dificuldades, a grande carroceria de 1.640 kg. Dá até para se empolgar. E nessa hora, acredite, você chega a esquecer que está em um carro de quase cinco metros e visual careta.

Com suspensões independentes nas quatro rodas (duplo triângulo na dianteira e multilink na traseira), a dinâmica desse tração dianteira também não decepciona. Claro que, apesar do motorzão, seu comportamento não é o de um esportivo e quem abusar nas curvas sentirá a atuação providencial da eletrônica – mas nada que chegue a preocupar. A não ser o consumo de combustível: para ajudá-lo com isso, a Hyundai incorporou um indicador de economia no painel que mostra a dirigibilidade mais econômica. E olha que, guiando manso, ele nem é assim tão gastão para um V6.