01/06/2012 - 0:00
O automobilismo nacional acaba
de ganhar uma nova e atraente
categoria. Com baixo custo,
a Sprint Race ca entre os campeonatos
regionais e a Stock
Car. A temporada terá 20 provas em rodadas
duplas, com duração de 25 minutos cada
uma. “O custo por etapa é de aproximadamente
R$ 18 mil, que podem ser divididos
pelos dois pilotos do time. Enquanto isso, na
Copa Montana, por exemplo, gastam-se de
R$ 60 mil a R$ 70 mil”, explica Thiago Marques,
organizador e idealizador da competição
junto com o seu irmão Tarso Marques.
Um fato curioso é que as disputas reunirão
pilotos experientes com iniciantes. Neste
primeiro ano, largam apenas 16 carros, mas a previsão é de que o número de bólidos
suba para 22 em 2013. Embora haja apenas
uma equipe competindo, foram criadas duas
copas dentro da temporada principal. “Dessa
forma, queremos aumentar a competitividade”,
explica Marques. A Winter acontecerá
durante as quarta, quinta e sexta corridas
e a dupla vencedora embolsará um prêmio
de R$ 20 mil. Já a Final será disputada nas
oitava, nona e décima etapas, e terá uma
premiação de R$ 30 mil. “Quem ganhar terá
que usar essas bonificações na próxima
temporada”, explica Thiago. Já o campeão
geral da Sprint Race 2012 levará para casa
R$ 50 mil. Toda a parte técnica ca a cargo
de Amadeu Rodrigues, conhecida gura do
automobilismo nacional.
Os carros da Sprint Race têm o mesmo
projeto dos bólidos da extinta categoria Super
Clio, mas claro que ele foi atualizado. “Utilizamos
materiais de baixo peso e com alta
resistência”, conta Eduardo Akel, engenheiro
responsável. A estrutura tubular veste uma
carroceria de bra de vidro com plástico
reforçado. O peso seco é de 740 kg e o motor
é um quatro cilindros 2.0 aspirado.
Toda a parte de baixo do motor é da
Renault brasileira, enquanto a parte superior
(cabeçote, válvulas e comando de
válvulas) vem da divisão europeia. “Não há
diferença de desempenho. É uma unidade
com pistões e bielas forjadas. Trabalhamos
a taxa de compressão e o ponto de ignição,
e a injeção eletrônica é exatamente
a mesma utilizada na Europa. Limitamos
a potência em 200 cv para evitar quebras
e promover uma maior igualdade”, explica Akel. Também para
aumentar a competitividade, os três primeiros colocados de cada
etapa trocarão o motor e a injeção com os três últimos. O tanque
de combustível tem capacidade para 70 litros e a transmissão é
do tipo sequencial de seis marchas, montada na traseira. “Ainda
estamos desenvolvendo um sistema power shift, que permitirá
trocar de marcha sem aliviar o pé do acelerador”, diz Akel.
As suspensões têm amortecedores e barras estabilizadoras reguláveis para garantir mais equilíbrio
Um fato curioso é que o piloto ca sentado no meio do carro,
como em um fórmula. Essa opção construtiva melhora a distribuição
de peso (que ca em exatos
50% por eixo) e, consequentemente,
o equilíbrio em curvas.
As suspensões têm amortecedores
e barras estabilizadoras
reguláveis, os freios têm pinças
de seis pistões e os pneus
são os mesmos da Mercedes
Grand Challenge. Sem dúvida,
a categoria promete.
Além do baixo custo por prova, a categoria atrai com prêmios generosos e regras que aumentam a competitividade. Os motores aspirados têm 200 cv
CALENDÁRIO
22/07 – Curitiba
02/09 – Curitiba ou São Paulo
14/10 – Londrina
04/11 – Curitiba
02/12 – Curitiba
22/12 – Curitiba