Seus detratores podem falar que ele é gastão, que seu desempenho deixa a desejar… e não estão errados. Mas o mercado mostra que, ainda assim, o Jeep Renegade é um “queridinho” dos brasileiros. Esbanjando personalidade, há tempos figura entre os mais vendidos. Em 2019, foram 68.726 unidades emplacadas.

Com opções flex e diesel, o Jeep Renegade “zerinho” custa de R$ 81.590 a R$ 161.490. Mas é possível comprá-lo por R$ 60.670 na versão Longitude, ou R$ 85.541 na Trailhawk a diesel, ambas ano 2016.

São versões anteriores à linha 2017, quando foi introduzido o coletor de admissão variável, – que elevou a potência do motor 1.8 16V flex de 132 cv para 139 cv, e o torque, de 19,1 para 19,3 kgfm. À época, ele também adotou o sistema start-stop e alternador/bomba de combustível inteligentes, para ajudar no consumo.

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O painel tem um acabamento emborrachado, cada vez mais raro em seu segmento. A posição de dirigir elevada é um atrativo, enquanto o porta-malas é um ponto fraco

“O carro tem muita procura e bastante liquidez. Há opções PCD à venda, com rodas de liga leve, sistema multimídia e outros itens para deixá-lo parecido com o Sport. E ainda é uma alternativa de blindado acessível”, diz Álvaro Matos, da consultoria automotiva Wings Consulting.

O desempenho pode não agradar a todos, mas nem sempre é a prioridade: “Estou no meu segundo Renegade e penso em trocá-lo por outro. As arrancadas e retomadas são fracas e o consumo não é dos melhores, mas como rodo pouco, não é um problema”, avalia Admir Alvarez do Nascimento.

Ex-dono de Chevrolet S10 e Honda Civic, José Ferreira também está no segundo Renegade. “O que mais gosto nele é a versatilidade, e é um carro livre de manutenções. Mas o porta-malas é um ponto crítico”, explica.

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De fato, na oficina o Jeep não costuma dar dor de cabeça. “Há uma grande variedade de componentes no mercado de reposição. Por utilizar corrente de acionamento do comando de válvulas, ele demanda apenas uma certa atenção com as trocas de óleo e de filtros”, diz Antonino Cascino Junior, da MRP Serviços Automotivos.

Cascino alerta para o prazo de validade do lubrificante da caixa automática. “O ideal é substituí-lo a cada 40.000 km”, recomenda.

Quem optar pelos modelos ano 2017 a 2019 ganha em desempenho, mas pode ter problemas com o sistema start-stop (sistema que desliga o motor durante breves paradas, como nos semáforos). “Não é um problema elétrico, mas da bateria. Deixam de funcionar o start-stop e a assistência elétrica da direção, e a luz do ABS pode se acender. Já pegamos diversos casos assim na oficina”, conta Cascino.

Outro detalhe positivo do SUV está nas suspensões, robustas, muito boas para encarar estradas de terra. Para quem deseja desfilar por aí com muito estilo e não faz tanta questão de desempenho, tampouco carrega muita bagagem, o Jeep Renegade flex usado é uma opção a ser levada em consideração. Pelo preço de hatch básico novo!

Pelo mesmo preço

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Nissan Sentra SL 2017 – R$ 64.149

Assim como os hatches médios, os sedãs foram engolidos pelos SUVs, mas ainda são uma boa opção. O Sentra 2017 tem câmbio CVT em todas as versões, e, na SL, vem com teto solar, banco do motorista elétrico e assistentes de ponto cego e anticolisão.

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Renault Duster 4×4 2018 – R$ 59.705

Uma opção para quem encara estradas ruins ou trajetos fora-de-estrada leves. Seu motor 2.0 16V está associado a um câmbio manual de seis marchas com relações encurtadas (especialmente da primeira, para vencer obstáculos). O acabamento interno, porém, é bastante simples.

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Chevrolet Cruze Sport6 2016 – R$ 59.085

O facelift da primeira geração do hatch, entre outras novidades, trouxe o serviço OnStar. Ele tem 402 litros de porta-malas, além da dirigibilidade acertada dos hatches médios. Estão disponíveis até 144 cv e 18,9 kgfm, quando abastecido com etanol. O preço é da versão top LTZ.

Jeep Renegade

Jeep Renegade

Jeep Renegade Longitude 1.8 16V AT6 R$ 60.670

Motor: quatro cilindros 1.8, 16V, comando de admissão variável
Cilindrada: 1747 cm3
Combustível: flex
Potência: 130/132 cv a 5.250 rpm (g/e)
Torque: 18,6 kgfm/19,1 kgfm a 3.750 rpm (g/e)
Câmbio: automático sequencial, seis marchas
Direção: elétrica
Suspensões: MacPherson (d) e pseudo-MacPherson (t)
Freios: disco ventilado (d) e disco sólido (t)
Tração: dianteira
Dimensões: 4,232 m (c), 1,798 m (l), 1,705 m (a)
Entre-eixos: 2,570 m
Pneus: 215/60 R17
Porta-malas: 260 litros (320 até o teto)
Tanque: 60 litros
Peso: 1.440 kg
0-100 km/h: 11s5
Vel. máxima: 181 km/h
Consumo cidade: 9,5 km/l (g) e 6,5 km/l (e)
Consumo estrada: 10,9 km/l (g) e 7,6 km/l (e)
Emissão de CO2 134g/km
Com etanol = 0 g/km
Consumo nota B
Nota do Inmetro: C
Classificação na categoria: B (SUV Compacto)