O presidente da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), Márcio de Lima Leite, antecipou que os emplacamentos de veículos no início de abril registraram melhor crescimento em dez anos.

“A primeira semana de abril foi a melhor desde 2014. Isso é uma tendência de que o mercado realmente vem com crescimento.”

Márcio de Lima Leite, presidente da Anfavea – Crédito: Reprodução/YouTube/Anfavea

A média diária de vendas é de 10.600 unidades e está se aproximando de 11 mil, do período de pré-pandemia. Os dados foram divulgados na manhã desta segunda-feira, 8, em coletiva de imprensa da associação.

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Financiamento

Além dos investimentos anunciados (mais de R$ 100 bilhões) e a tal da “previsibilidade” concedida às montadoras pelo governo com o Mover, há outro fator que está impulsionando o mercado automotivo: o financiamento.

Para Ricardo Gondo, presidente da Renault do Brasil, o segredo é o crescimento do acesso a ao crédito.

“O que está ocorrendo agora com a redução da taxa Selic (10,75%), com a melhora da inadimplência, com o marco legal das garantias, tudo isso faz com que tenha um aumento da taxa de aprovação dos bancos para financiamento dos clientes. Isso leva a uma tendência positiva para ter um mercado maior em 24 que 23.”

Ricardo Gondo, presidente da Renault do Brasil – Crédito: Reprodução/YouTube/Anfavea

Gondo também diz que os bancos já estão integrando o marco de garantias no custo de financiamento.

Juros

Filipe Pena, diretor executivo da Acrefi (Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento), corrobora que os movimentos são positivos para quedas na taxa de juros para financiamento automotivo.

“O novo Marco Legal das Garantias, sancionado em outubro de 2023, estabelece a retomada do bem de forma extrajudicial quando o consumidor está inadimplente. Esse processo é mais rápido e eficiente, melhorando as garantias e impulsionando o mercado de crédito.”

Alta no trimestre

As vendas de veículos (automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus) no primeiro trimestre de 2024 saltaram 9,1% ante o mesmo período do ano passado – ao passar de 472 mil unidades para 515 mil unidades.

Quando comparado março com fevereiro, houve alta de 13,6% em vendas (187,7 mil unidades x 165,2 mil unidades).

No entanto, em relação a março do ano passado houve queda de 5,7%. Leite ressalta que apesar da queda, o terceiro mês de 2024 registrou três dias a menos.