As vendas de veículos sofreram queda de 75% durante o mês de maio em relação ao mesmo período do ano passado, informa a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos (Anfavea). A queda representa o pior mês de maio para a indústria automobilística desde 1992.

+ Indústria prevê recuo de 40% nas vendas de carros em 2020
+ Produção nacional de carros é a menor em 63 anos

De acordo com Luiz Carlos Moraes, presidente da entidades, o segundo trimestre deve se encerrar como um dos piores da história para o setor automotivo.

Os resultados de maio foram melhores que os de abril, o que não chega a configurar uma boa notícia, já que o mês anterior foi o de paralisação quase completa das fábricas e das concessionárias por todo o país.

As vendas de veículos sofreram queda de 75% durante o mês de maio em relação ao mesmo período do ano passado
As vendas de veículos sofreram queda de 75% durante o mês de maio em relação ao mesmo período do ano passado

Na comparação com o mesmo mês de 2019, houve queda de 84,4% na produção de autoveículos (43,1 mil unidades produzidas), de 63,9% na de caminhões (4,1 mil unidades) e de 29,5% na de máquinas agrícolas e rodoviárias (3,6 mil unidades).

As exportações de autoveículos registraram recuo de 90,8%, e de 39,4% no caso de máquinas. O único dado positivo de maio foi o crescimento de vendas de 23,3% das máquinas, na comparação com o mesmo mês de 2019. Nesse quesito, autoveículos caíram 74,7%, e os caminhões recuaram 47,2%.

No acumulado do ano, as vendas de autoveículos se aproximam de queda de 40%, enquanto produção e exportações já encolheram quase 50%. As máquinas acumulam queda da ordem de 30% na produção e nas exportações, mas mantêm estabilidade nas vendas ao mercado interno.

“Embora junho sinalize algum retorno mais efetivo às atividades, teremos sem dúvida o pior trimestre da história do setor automotivo. Resta esperar por uma reação no segundo semestre capaz de evitar maiores danos à cadeia automotiva”, conclui Moraes