Quando o novo Citroën C3 foi lançado, em agosto, se mostrou bastante competitivo no comparativo de sua versão Exclusive contra Punto, New Fiesta e Sonic (MOTOR SHOW 353). Só lhe faltava o câmbio automático. Agora, por R$ 4 mil adicionais (R$ 53.990), ele traz a caixa sequencial. Apesar de ter só quatro marchas (no Sonic são seis), as trocas são suaves e podem ser feitas na própria alavanca ou por borboletas no volante. Além disso, o moderno motor 1.6 ajuda: tem comando variável e bom torque em baixas rotações (e o computador de bordo registrou médias urbanas de 8 km/l com etanol).

O câmbio automático, enfim, só aumenta o já bom nível de conforto do C3 – melhorado nessa nova geração pelas suspensões recalibradas, que absorvem com e ciência e maciez as irregularidades do piso, sem comprometer a estabilidade. Já a direção elétrica, leve demais no C3 antigo, cou mais pesada, mas ainda transmite certa leveza ao esterçamento das rodas aro 16 – com apliques cromados e pneus verdes para garantir maior economia.

O novo C3 está maior no comprimento, na altura e na largura, mas quem viaja atrás percebe que o espaço para as pernas não é dos melhores (pois a distância entre-eixos é a mesma). Em contrapartida, a ergonomia merece elogios, com todos os comandos bem posicionados, e a qualidade dos materiais usados no acabamento também agrada. Segundo a marca, nos revestimentos foram usados materiais verdes, como garrafas PET, polipropileno reciclado, EVA e resíduos de madeira.

O enorme para-brisa, bem semelhante ao já usado no C4 Picasso, sem dúvida aumenta a sensação de espaço na cabine, mas, dependendo da posição do sol, fica difícil evitar ser ofuscado por ele. Além disso, na unidade avaliada, quando se fechava a cobertura (extendendo a parte móvel do teto) surgia uma pequena fonte de ruídos. Mas isso não é nada que desabone o carro – muito pelo contrário. Melhorado de ponta a ponta, portanto, o Citroën C3 continua um carro agradável de guiar, além de ter uma garantia de três anos e revisões tabeladas.