O C3 amadureceu e ficou bem mais interessante. Nessa nova geração, suas formas estão menos arredondadas, as dimensões cresceram e a bitola dianteira foi alargada. Tudo isso gerou um aspecto mais parrudo, que, aliado ao novo design, trouxe masculinidade ao conjunto. Por dentro, o destaque está no para-brisa estendido, que vai até quase a metade do teto. Ele amplia a área de visão e dá uma sensação de amplitude. Caso o motorista prefira, um forro fecha parte do vidro. Para que o espaço para a cabeça não fosse totalmente comprometido, o quebra-sol foi substituído por uma lâmina fi na – que transmite fragilidade – cuja espessura não permitiu o uso do espelho de cortesia. Fora esse detalhe facilmente relevado pela beleza do teto, o C3 parece mais bem acabado em tudo.

Mas é na suspensão que se sente o maior salto de qualidade: em pisos ruins, o conjunto é robusto e eficiente. Não há pancadas secas nem aquela sensação incômoda de que o carro está se torcendo. Além da biela dianteira aumentada, foram modificados amortecedores, molas, batentes e o eixo traseiro. Dessa forma, não só o conforto foi beneficiado; dinamicamente, ele também melhorou. A carroceria está mais firme nas curvas e o volante elétrico está mais preciso em velocidades mais altas.

 

Sob o capô desta versão, o novo motor 1.5 flex de 93 cv. Na verdade, uma evolução do 1.4, já bem esperto, da geração anterior. São novos os pistões, os anéis, o coletor, o corpo de borboletas, a válvula termostática, as velas e as bielas. Além disso, a taxa de compressão aumentou. A intenção foi reduzir atrito, aumentar a eficiência da queima e melhorar o desempenho. Na prática, apesar de o torque máximo não ser grande coisa, tem uma curva que favorece a dirigibilidade em baixa e o carro mostra-se esperto na cidade. No uso urbano, o 1.6 quase não faz falta.

Os preços deste 1.5 partem de R$ 39.990, na versão Origine (a marca estreia com este modelo novas nomenclaturas), e chegam a R$ 43.990, na Tendance. Com o motor 1.6, vai de R$ 49.990 a R$ 53.990 (automático).