Diz o dito popular que “a voz do povo é a voz de Deus”. Do ponto de vista comercial, esse é um ditado que realmente vale a pena seguir à risca. E esse foi o lema da Volkswagen para a segunda geração do Cross- Fox. Afinal, não há melhor forma de revitalizar um produto do que levando em consideração a opinião de seus potenciais compradores, ainda que ele já seja um incontestável sucesso de vendas.

Segundo Fabrício Biondo, gerente- executivo de marketing da Volkswagen do Brasil, por meio de pesquisas, a marca chegou à conclusão de que o público-alvo do carro mudou sua concepção do que seria um produto ideal nesse segmento, e passou a ver o carro muito mais como símbolo de status. Os reflexos dessa mudança comportamental podem ser claramente apontados neste novo CrossFox.

Sob a base do Novo Fox reestilizado, a versão aventureira do compacto está muito mais elegante e harmoniosa, sem detalhes muito extravagantes. “Não parece que o carro foi equipado com o visual offroad, parece que isso já faz parte dele”, definiu o designer Patrick Matioli Protti, que participou ativamente do projeto.

Uma das alterações responsáveis pelo visual mais elegante está nos para-choques, agora pintados na cor do veículo, deixando a cor preta apenas para a moldura inferior e para o contorno da caixa de rodas. De acordo com o designer, outra meta do projeto foi “dar ao veículo uma sensação maior de robustez horizontal”. Para isso, na parte de baixo do para-choque frontal, o veículo ganhou uma larga abertura de ventilação com grade do tipo colmeia. O farol de milha teve seu diâmetro aumentado e incorporou a função de luz de longo alcance. Para completar, a grade recebeu acabamento brilhante e tem apenas um elemento horizontal, enquanto o Fox tem três.

Na traseira, o suporte para o estepe foi integrado ao para-choque traseiro, e agora tem o acionamento elétrico. Para ser aberto, o carro deve estar destravado e sem a chave acionada. Uma mola a gás também foi aplicada para facilitar a abertura da peça, e quando se abre o suporte, automaticamente o porta-malas também é aberto. Assim como o Fox, a luz de neblina saiu da lanterna e foi para a parte de baixo do para-choque.

Novas rodas de liga leve e pneus de uso misto serão oferecidos como opcionais, pois a roda que vem de série ainda é a de aço, usada na geração anterior. Por falar em equipamentos, o CrossFox 2010 passa a contar também com teto-solar e sensor de estacionamento traseiro para quem está disposto a pagar a mais por estes itens. Por dentro, o carro se diferencia do Fox apenas pelos bancos, que receberam novos tecidos, e pela manopla do câmbio, com a inscrição “Cross”.

Mecanicamente o veículo continua o mesmo, porém a mudança em seu design garantiu uma eficiência aerodinâmica 7% maior do que a de seu antecessor. Uma melhora que dificilmente será notada por seus usuários na hora de guiá-lo, mas pode fazer alguma diferença no consumo de combustível. Agilidade, boa visibilidade e espaço generoso continuam sendo as principais qualidades do carro, que também tem o design como poderosa arma a seu favor. Além das linhas mais modernas, o hatch recebeu um catálogo de cores maior, 12 no total, uma delas a bela laranja Atacama, que você vê nas fotos desta reportágem.

A próxima novidade da marca para o compacto será o câmbio automatizado ASG, mas isso não antes de apresentar a nova Space Fox. Até o fechamento desta edição, a marca ainda não tinha divulgado o preço do novo CrossFox, mas, de acordo com Biondo, a briga é para que o valor não seja alterado. Tomara que eles consigam.

Internamente, o novo CrossFox recebeu as mesmas alterações do Fox. Entre as principais, estão o novo quadro de instrumentos, o porta-luvas, o volante do Passat (opcional) e o desenho dos bancos. De exclusivo, oferece apenas os revestimentos e a manopla de câmbio com inscrição “Cross”