Não é surpresa para ninguém que o grupo Volkswagen pretenda se transformar no maior fabricante de veículos do mundo até 2018. Essa é a meta pretendida pelos alemães. E para que isso aconteça todas as marcas ligadas ao grupo Volkswagen trabalham a todo o vapor, criando e lançando novidades para que as pretensões do grupo sejam atingidas. E a Volkswagen do Brasil tem grande importância nessa empreitada. Tida como uma das prioridades, juntamente com a China e a Alemanha, até 2016 a unidade basileira deverá receber cerca de 8,7 bilhões em investimentos para modernizar e ampliar suas linhas, lançar novos produtos e atualizar os já existentes.

O primeiro e único agra do novo Santana, ainda rodando na China. No detalhe, o Jetta que lhe emprestará as linhas

Abaixo algumas das gerações do Santana. Seu sucesso no Brasil foi grande, mas na China foi ainda maior. Aqui, sua produção foi encerrada em 2008, mas deixou saudades. O novo modelo, deverá agradar principalmente à taxistas e frotistas

E é da China,que vem a grande surpresa para o mercado brasileiro. Lá está em fase final de desenvolvimento um novo Santana, carro que fez muito sucesso em nosso mercado nos anos 80 e 90 e encantou o povo chinês. Os protótipos do novo sedã – que deverá manter esse nome – já rodam em fase final de testes por lá. No Brasil, os protótipos ainda estão sendo construídos. Uma boa parte do resultado dos testes chineses será repassada para a nossa engenharia uma vez que os carros serão quase idênticos. Com as informações de lá, o tempo de lançamento poderá ser abreviado e está previsto para o segundo semestre de 2014.

O novo Santana terá plataforma PQ 25 sobre a qual é montado o Polo europeu, semelhante à utilizada pelo o nosso Gol G5. Esse novo carro terá dimensões internas bem generosas, exigência do consumidor de países emergentes. Por isso, espere do novo Santana um entre-eixos bem generoso, substancialmente maior que o do Gol.

Na motorização, segundo informação de nossas fontes, ele deverá ser equipado com o mesmo moderno motor 1.4 turbo do modelo chinês. Isso para as versões mais caras. Na entrada da gama, especula-se a utilização de um motor 1.0 turbo de três cilindros que conciliaria alto desempenho com baixo consumo de combustível. Esse novo motor viria para fazer frente ao sucesso mundial Ecoboost da Ford, um propulsor ecologicamente correto e de excelente performance. Segundo soubemos, a equipe de engenharia já trabalha nessa nova unidade para ser aplicada ao sedã, mas alguns executivos têm receio que um carro grande com um motor 1.0 turbo de três cilindros, apesar de potente, possa não ser bem aceito pelo consumidor.

O Santana substituirá o Polo Sedan e vai disputar mercado com Honda City, New Fiesta Sedan, Grand Siena e Sonic Sedan. Hoje, o sedã custaria algo em torno de R$ 50 mil.

 

Acima, o mais recente agra de um protótipo do Golf VII feito sobre a plataforma mqb

No mês passado, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou nanciamento de R$ 342 milhões para a Volkswagen do Brasil. Segundo a marca, esses recursos serão aplicados na adaptação de tecnologias de outros mercados para a produção nacional de um sedã – certamente o Santana – e de um subcompacto.

Ainda não foi con rmado o cialmente pela Volkswagen, mas o modelo em questão será o up!, que começa a ser vendido aqui no primeiro semestre de 2014. Um projeto moderno e atual, que ocupará a vaga do Gol G4 que sairá de linha no segundo semestre 2013. Em versão básica, o carrinho custará cerca de R$ 25 mil e será oferecido nas versões de duas e quatro portas.

Nosso up! deverá ser muito semelhante ao modelo europeu (avaliado nas próximas páginas). Ao mesmo tempo moderno e simples ele terá resistência mecânica e será uma espécie de Fusca do século 21. Na motorização utilizará o mesmo motor 1.0 de três cilindros ex do Santana, mas sem o turbo e com menor potência.

Segundo apuramos, o prejeto do up! nacional chegou perto de ser descartado. A marca alemã está com problemas para manter o custo de produção em patamares aceitáveis para um popular. Por isso, o nosso carro deverá ser mais “pobre”que seu irmão europeu, não só em relação à quantidade de itens de série, mas também em materiais.

Aqui, duas projeções do Golf VII que será revelado ao mundo este ano. Por enquanto, ninguém tem certeza de como serão suas formas

Até 2014, a Volks terá toda uma nova linha de produtos. A meta é ambiciosa: conquistar a liderança no Brasil e no mundo

Também por questões de custo, a produção do Golf VII foi de nida para o México. O modelo será produzido juntamente com o Audi A3 na nova plataforma modular do grupo Volkswagen. O modelo, que será apresentado mundialmente em setembro deste ano, durante o Salão de Paris, começa a ser vendido aqui no m de 2013, já como modelo 2014 com preço na casa dos R$ 60 mil.

Além desses novos produtos, a marca prepara uma reformulação total em seu líder de mercado, o Gol. Apesar de ter sido reestilizado este mês (leia reportagem completa), os trabalhos para a apresentação da nova geração G6 estão em pleno vapor. Os novos Volkswagen Gol e Voyage chegam ao mercado também no m do ano que vem. O Fox – e toda sua família – também deverá receber uma nova geração nessa mesma época.

Abaixo, o up! europeu. Visto de fora, eles serão parecidos, mas o nosso carro cará mais simples. No interior, caberão cinco pessoas e não quatro como na Europa

Com essas mudanças, a marca alemã pretende também retomar a liderança no mercado nacional que, há alguns anos passou às mãos da Fiat. Essa é parte da estratégia para ser a maior marca de automóveis do mundo. Uma meta ambiciosa, sem dúvida, mas longe de ser impossível.