O Volkswagen SP completou 50 anos de história no último domingo (26). Para celebrar, a marca reuniu diferentes gerações de executivos para relembrar histórias do processo de criação e desenvolvimento do SP1 e SP2.

O designer responsável pelo desenho do modelo, José Vicente Martins, conhecido como “Jota”, e o engenheiro mecânico responsável pelo projeto, Claudio Menta, contaram histórias exclusivas do nascimento do ícone, que foram divulgadas pela VW.

Foto: Divulgação

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“A pedido do presidente da Volkswagen na época, sr. Rudolf Leiding, iniciamos os primeiros desenhos do SP na década de 1960. Procurei desenhá-lo bastante baixo e com vidros inclinados, dando o ar de esportividade que pensava. Já no primeiro esboço, consegui deixá-lo como queria”, relembrou Jota, que na época integrava o time de designer da VW, chefiado por Márcio Piancastelli.

Com os primeiros desenhos em mãos, o desafio de criação de um modelo no Brasil e produzi-lo em escala começaram a aparecer. Executivos de todas as áreas se uniram para encontrar o melhor caminho para conceber o esportivo.

“O primeiro desafio que tivemos foi construir uma carroceria com componentes de chapa rebitados, e não soldados. Após estudos e tentativas, chegamos à conclusão que não era viável esse processo de produção. Então, passamos ao processo tradicional de fabricação de carrocerias”, relatou Menta.

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“Não era comum criar carros no Brasil na época. Por conta disso, originamos o SP de um carro alemão, usando o chassi da Variant, e construímos um carro novo em cima dele”, concluiu Jota.

Em 26 de junho de 1972, o VW SP foi lançado oficialmente, em um evento de apresentação para jornalistas no Iate Clube Santa Paula, em São Paulo, e para a rede de concessionários, na fábrica Anchieta, em São Bernardo do Campo.

O SP1 contava com o motor 1,6L, de 65 cv de potência. Já o SP2 estava equipado com o motor 1,7L, gerando 75 cv.

Com linhas esportivas e luxuoso, o interior oferecia bancos exclusivos, além do console e painel central em peça única. O painel de instrumentos contava com marcador de temperatura do óleo, amperímetro e relógio.

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“O SP foi um ‘halo car’, um modelo único. O time de design da época foi genial no desenvolvimento desse carro, trazendo um motor traseiro, mas com capô bastante alongado, e uma linha traseira espetacular, com um tratamento de superfície envolvendo as lanternas e o para-choque com um trabalho excepcional. E, claro, é possível enxergar traços nos outros projetos que foram criados no nosso estúdio aqui no Brasil como Gol, Brasília e Fox”, elogia José Carlos Pavone, Head de Design da Volkswagen América Latina, em nota divulgada.

Mesmo 50 anos depois, o evento reuniu 18 unidades do VW SP2 em bom estado de conservação.

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