27/06/2022 - 20:57
O Volkswagen SP completou 50 anos de história no último domingo (26). Para celebrar, a marca reuniu diferentes gerações de executivos para relembrar histórias do processo de criação e desenvolvimento do SP1 e SP2.
O designer responsável pelo desenho do modelo, José Vicente Martins, conhecido como “Jota”, e o engenheiro mecânico responsável pelo projeto, Claudio Menta, contaram histórias exclusivas do nascimento do ícone, que foram divulgadas pela VW.
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“A pedido do presidente da Volkswagen na época, sr. Rudolf Leiding, iniciamos os primeiros desenhos do SP na década de 1960. Procurei desenhá-lo bastante baixo e com vidros inclinados, dando o ar de esportividade que pensava. Já no primeiro esboço, consegui deixá-lo como queria”, relembrou Jota, que na época integrava o time de designer da VW, chefiado por Márcio Piancastelli.
Com os primeiros desenhos em mãos, o desafio de criação de um modelo no Brasil e produzi-lo em escala começaram a aparecer. Executivos de todas as áreas se uniram para encontrar o melhor caminho para conceber o esportivo.
“O primeiro desafio que tivemos foi construir uma carroceria com componentes de chapa rebitados, e não soldados. Após estudos e tentativas, chegamos à conclusão que não era viável esse processo de produção. Então, passamos ao processo tradicional de fabricação de carrocerias”, relatou Menta.
“Não era comum criar carros no Brasil na época. Por conta disso, originamos o SP de um carro alemão, usando o chassi da Variant, e construímos um carro novo em cima dele”, concluiu Jota.
Em 26 de junho de 1972, o VW SP foi lançado oficialmente, em um evento de apresentação para jornalistas no Iate Clube Santa Paula, em São Paulo, e para a rede de concessionários, na fábrica Anchieta, em São Bernardo do Campo.
O SP1 contava com o motor 1,6L, de 65 cv de potência. Já o SP2 estava equipado com o motor 1,7L, gerando 75 cv.
Com linhas esportivas e luxuoso, o interior oferecia bancos exclusivos, além do console e painel central em peça única. O painel de instrumentos contava com marcador de temperatura do óleo, amperímetro e relógio.
“O SP foi um ‘halo car’, um modelo único. O time de design da época foi genial no desenvolvimento desse carro, trazendo um motor traseiro, mas com capô bastante alongado, e uma linha traseira espetacular, com um tratamento de superfície envolvendo as lanternas e o para-choque com um trabalho excepcional. E, claro, é possível enxergar traços nos outros projetos que foram criados no nosso estúdio aqui no Brasil como Gol, Brasília e Fox”, elogia José Carlos Pavone, Head de Design da Volkswagen América Latina, em nota divulgada.
Mesmo 50 anos depois, o evento reuniu 18 unidades do VW SP2 em bom estado de conservação.
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