20/12/2025 - 16:00
E não é que o Polo foi uma boa compra?! Apesar de ter perdido minha visão há cerca de 14 anos, até então não tinha utilizado o recurso da compra de um carro novo com isenções fiscais. Como PCD, pessoa com deficiência, resolvi agora comprar um carro zero km. Há alguns meses comecei minhas pesquisas para ver o que o mercado me oferecia como qualidade de produto e relação custo X benefício que mais me interessava.
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Meus pré-requisitos
Sabia de antemão que queria um carro com transmissão automática, motor moderno e econômico, de bom desempenho, e um veículo que fosse robusto o suficiente para aguentar a buraqueira de nossas ruas e estradas. Sabia também que o modelo deveria ser confortável e espaçoso para duas pessoas e suas tralhas comuns do dia a dia. Tanto eu (1,84 m), minha esposa (1,73 m) e meu filho (1,86 m) somos altos, então o espaço importava muito.
Os finalistas
De posse de todas essas informações, já sabia o carro que eu precisaria. Em minhas pesquisas, comecei cogitando Fiat Argo e Pulse em suas versões 1.3 CVT, e ambos atendiam as minhas necessidades. Examinei também o Peugeot 208 e os Citroën C3 e Basalt, ambos 1.0 turboflex automáticos. Não deixei para trás também o Honda City Hatch LX e o Renault Kardian automatizado de entrada, além, é claro, do VW Polo Sense. Foram meus finalistas e, por coincidência ou não, gozavam de boa reputação junto aos consumidores.

Eliminei, eliminei…
Examinando um a um, inclusive levando em conta a manutenção e os custos de posse, e fui eliminando: os Fiat 1.3 CVT eram básicos e encareciam demais com opcionais, o 208 era apertado por dentro, os Citroën não agradavam no design, enquanto City Hatch e Kardian ainda custavam muito caro, mesmo com os devidos descontos e isenções. Me interessei bastante pelo Toyota Yaris Hatch, que tinha bons preços e pacote completo, só que demorei demais: ele saiu de linha e só achei unidades em estoque muito longe de mim. Acabei descartando só por isso.

O Polo
A briga era dura! Nesse ponto, o preço final de aquisição foi quase que decisivo: escolhi aquele que me oferecia a melhor relação custo X benefício. E aí entrou o hatch da Volks…

O Polo Sense (cerca de R$ 108 mil de tabela cheia), com as isenções de impostos para o Estado de São Paulo, acabava saindo por pouco menos de R$ 89 mil. Me atraiu pela enorme lista de equipamentos de série: faróis em LED, vidros e travas elétricas, retrovisores elétricos com tilt down, saídas de ar-condicionado traseiras, luzes de leitura traseiras, paddle-shifts, painel de instrumentos digital de 8 pol., multimídia VW Play de 10 pol., chave presencial, partida por botão, 4 airbags, sistema de som com 6 alto-falantes, volante multifuncional, piloto automático e mais. Completão.
Motorização consagrada
Além disso, o conjunto mecânico pesou a favor. Conheço essa geração do Polo desde a fase de seu desenvolvimento aqui no Brasil, e sei das qualidades de segurança, estabilidade ou mesmo conforto a bordo, que melhorou muito depois da reestilização lançada em 2022. Seu motor 1.0 turboflex de três cilindros, o EA-211, não esconde segredos, e é tido como um dos turboflex mais robustos e confiáveis do mercado nacional. Tem lá seus 116 cv com torque na casa dos 17 mkgf, gerenciados pela boa e suave caixa automática Aisin, a AQ160-F.
Conquista nos detalhes
Na concessionaria Sorana, em SP, conversei com o pessoal de vendas PCD, que me mostrou cinco opções de cores sem acréscimo no preço final, inclusive esse vermelho metálico que acabei escolhendo. Em outras marcas eram apenas um ou dois tons, geralmente sólidos. De quebra, ele, que vinha de série com calotas plásticas aro 15, tinha o opcional interessante das rodas de liga-leve por menos de R$ 2 mil o jogo. Detalhes que me levaram a ficar firme na minha escolha final sobre o Polo Sense, e no fim acabei fechando o negócio.
Preço com descontos
Depois do pedido feito, o Polo Sense PCD, na cor vermelha metálica e com rodas de liga-leve, custou algo ao redor dos R$ 91 mil, e foi entregue em cerca de 20 dias. Hoje, com quase 1.500 km rodados, percebo que fiz uma escolha corretíssima, sob todos os aspectos. O carro já vinha de um projeto de sucesso de muitos anos na Europa e amadureceu o que tinha que amadurecer no mercado brasileiro, onde está desde 2017.

Novas leis para carros PCD
Se passarem a valer, as novas leis fiscais para compra de carros 0 km como PCD podem mudar esse cenário, e para melhor. Em resumo, o valor máximo para isenção total de IPI e ICMS subiu de R$ 70 mil para R$ 100 mil (preço de tabela do veículo), então, quem comprar o Polo Sense nesses novos termos, tende a pagar uma porcentagem ainda menor de impostos: basicamente, a fração com base nesses R$ 8 mil de diferença (considerando o Sense por R$ 108 mil). Pode ser uma compra ainda mais bacana…
















