A imprensa alemã começa a revelar mais detalhes a respeito do escândalo de adulteração de motores diesel pelo Grupo Volkswagen. De acordo com reportagens dos jornais Frankfurter Allgemeine e Bild, há nove anos a direção da empresa teria sido alertada pela primeira vez a respeito do uso em carros de produção do software capaz de enganar os testes de emissão.

O primeiro alerta teria vindo da Bosch, empresa que é apontada por investigação interna como a fornecedora do software. A fabricante de autopeças forneceu o programa à montadora apenas para testes, alertando em um comunicado que o uso dele em carros produção era ilegal. Em 2011, um engenheiro da marca teria alertado novamente a empresa a respeito da adulteração dos motores, mas novamente o fabricante teria ignorado a informação.

O Grupo Volkswagen admitiu que 11 milhões de veículos foram equipados com o software, dois quais 2,1 milhões são carros da Audi, conforme divulgou nesta segunda-feira (28) o fabricante.

A filial brasileira da Volkswagen informou que não vai comentar o assunto. Até onde se sabe, nenhum veículo afetado pelo problema foi vendido oficialmente pela marca no Brasil. Mesmo assim, o Ibama anunciou que vai investigar os resultados das emissões dos carros do grupo vendidos no País.