As montadoras concorrentes Volkswagen, Stellantis, General Motors e Toyota se uniram para declarar “preocupação com o futuro da nossa indústria automotiva”. A declaração foi feita em carta e enviada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.  

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Fábrica da BYD em Camaçari (BA) – Foto: Divulgação/BYD

Na prática, o documento é uma bandeira levantada contra a BYD, que recentemente começou a montar carros na sua fábrica baiana de Camaçari (BA). As linhas de lá começaram com Dolphin Mini, Song Pro e King DM-i, ainda em fase final de testes, com previsão para a produção em série dentro dos próximos meses.  

Na carta, as fabricantes dizem que o “ciclo virtuoso de investimentos realizados no Brasil está sendo colocado em risco e sofrerá forte abalo se for aprovado o incentivo à importação de veículos importados para serem acabados no país”. Uma indireta ao método adotado pela BYD, que traz seus modelos desmontados (total ou parcialmente) da China.

VW Polo Track – Foto: VW/divulgação

A carta tem um tom de alerta à Lula, informando ainda que esse esquema de montagem não deve ser uma fase de transição, mas sim um padrão operacional que tende a se consolidar. Vale lembrar que a BYD afirma que as operações evoluirão gradualmente para produção nacional completa — incluindo estampagem, soldagem, pintura e aumento do conteúdo local. 

O pedido das quatro fabricantes é em busca de “igualdade de condições na competição pelo mercado, vetando privilégios para a importação de veículos desmontados ou produzidos no exterior com subsídios”, conforme diz trecho da carta. Além disso, chama a prática de “involução”, e que ela representaria um legado de desemprego, desequilíbrio financeiro e dependência tecnológica.  

Procurada, a BYD ainda não respondeu nosso contato. Esse espaço será atualizado assim que houver um posicionamento da marca chinesa.

Fiat Argo Drive 1.0 manual 2026 (Foto: divulgação)

Leia a carta na íntegra: 

CARTA-PRESIDENTE-LULA-15-07-25-1