29/05/2025 - 6:00
O VW Tera chegou com preço considerado baixo para a categoria, e conseguiu mexer com a linha do Polo, que perdeu algumas versões para não bater de frente com a novidade.
Para muitos, trata-se do lançamento automotivo do ano no Brasil, e a Volkswagen aposta altas fichas no seu SUV pequeno.
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Versões e preços do VW Tera
O Tera começará a ser vendido no dia 5 de junho em quatro versões e uma série especial: MPI manual (R$ 103.990), TSI manual (R$ 116.990), Comfort TSI automática (R$ 126.990), High TSI automática (R$ 139.990), além da edição limitada The Town (R$ 142.990 com pacote estético Outfit). O objetivo é claro: incomodar desde Citroën Basalt até Renault Kardian, passando pelo Fiat Pulse, que chegou à linha 2026 ainda sem preços divulgados.
Motorização do VW Tera

Sob o capô, o Tera não traz nada inédito. Afinal, utiliza a mesma plataforma MQB A0 de Polo e Nivus, com quem compartilha diversos componentes mecânicos, além da motorização: na versão MPI manual, está o 1.0 12v EA-211, naturalmente aspirado, com 77/84 cv de potência e 9,6/10,3 mkgf de torque (gas/eta), operando junto da transmissão manual de cinco marchas. É o mesmo powertrain do Polo Track.
As versões mais caras usam o 1.0 turboflex de três cilindros (170 TSI), calibrado para 109/116 cv de potência com 16,8 mkgf de torque (gas/eta). Nesse caso, a transmissão pode ser manual de cinco marchas, ou automática de seis velocidades, exatamente nos moldes dos Polo e Virtus.

E é justamente através de motor e transmissão que o Tera sai na frente dos rivais quando o assunto é consumo de combustível. Especialmente na estrada, onde o bom coeficiente de arrasto e baixo peso da carroceria do VW contam a favor (menos de 1.100 kg, dependendo da configuração).

Consumo do VW Tera 1.0 MPI manual
Segundo o Inmetro, ele consegue melhores médias de consumo que os rivais. No caso da versão naturalmente aspirada, que concorre diretamente com o Citroën Basalt Feel 1.0 manual, falamos de 9,1 km/l na cidade e 10,2 km/l na estrada com etanol, ou 13,2 km/l na cidade e 14,7 km/l na estrada com gasolina.

Enquanto isso, o Citroën crava 9,3 km/l na cidade e 10,2 km/l na estrada com etanol. A primeira situação é a única em que ele supera a novidade da Volks, enquanto na segunda ocorre um empate. Com gasolina, vantagem para o Tera nos dois ciclos: o Citroën cravou 13,0 km/l na cidade e 14,6 km/l na estrada.

Consumo do VW Tera 1.0 TSI manual
Na configuração 1.0 turboflex manual, que briga com Renault Kardian TCe MT e Fiat Pulse 1.3 MT5, o Tera conseguiu exatamente os mesmos números do Fiat Pulse com etanol: 9,0 km/l na cidade e 10,3 km/l na estrada. O Kardian fez 8,4 km/l e 9,7 km/l, respectivamente. Com gasolina, a vantagem é do VW: 12,9 km/l na cidade e 15,0 km/l na estrada, versus 12,6 km/l e 14,5 km/l do Fiat, ou 12,3 km/l e 14,0 km/l do Renault. O Citroën Basalt ainda não tem versões turbo ou 1.3 aspiradas emparelhadas com a transmissão manual, por isso ficou de fora nessa conta.

Consumo do VW Tera 1.0 TSI automático
Com motor turboflex e câmbio automático, a briga é boa: a novidade da Volks registrou 8,6 km/l na cidade e 10,3 km/l na estrada queimando etanol. No percurso urbano, só perde para o Renault Kardian TCe DCT (8,8 km/l), emparelhando com o Pulse T200 CVT (8,6 km/l), enquanto o Basalt ficou nos 8,3 km/l. No uso rodoviário, vantagem para o Tera frente a todos os outros: o Kardian teve 9,7 km/l, o Basalt ficou em 9,6 km/l, e o Pulse cravou 10,0 km/l.

Com gasolina, ainda falando das versões turboflex automáticas, situação parecida: o Inmetro divulgou 12,2 km/l na cidade e 14,5 km/l na estrada para o Tera, enquanto o Kardian fez os mesmos 12,2 km/l na cidade e 13,8 km/l na estrada, e o Basalt marcou 11,9 km/l e 13,7 km/l, respectivamente. O Pulse foi além na cidade (12,3 km/l), mas ficou para trás na estrada (14,4 km/l).
Tera mais econômico na estrada
Em todas essas situações, médias e números, um fato: o Tera mostrou melhores marcas de consumo de combustível, seja com gasolina ou etanol, na estrada. Teve apenas um empate da versão 1.0 MPI manual com o Citroën Basalt 1.0 manual queimando etanol (10,2 km/l), mas foi além dos demais, independente do combustível.

E a autonomia?
Esse cálculo já depende das médias de consumo e, principalmente, do tamanho do tanque de combustível. O Tera tem o segundo maior da categoria (49 litros, perdendo apenas para os 50 do Kardian). O Pulse comporta 45 litros, e o Basalt, 47.
Na versão com motor naturalmente aspirado, pode rodar até 446 km com um tanque cheio de etanol na cidade, ou beirar os 500 na estrada. Com gasolina, passa dos 645 km na cidade e atinge os 720 km na estrada. O arquirrival da Citroën, pelo tanque menor, não vai além dos 437 km com etanol na cidade, ou chega perto dos 480 km na estrada. Com gasolina, são 611 km e 686 km, respectivamente.

Na turboflex manual, o VW rende até 441 km na cidade e 505 km na estrada com etanol, ou 632 km na cidade e 735 km na estrada com gasolina. O Kardian 1.0 turboflex manual fica nos 420 km com etanol na cidade, ou 485 km com etanol na estrada (615 km e 700 km com gasolina, na ordem). Com menor tanque, o Pulse encerra com 405 km (etanol na cidade), 463 km (etanol na estrada), 567 km (gasolina na cidade) e 652 km (gasolina na estrada).
Falando das versões turboflex automáticas: no Tera, 421 km de autonomia na cidade com etanol (505 km na estrada) ou 598 km na cidade com gasolina (710 km na estrada). O Kardian, com tanque maior, não vai além dos 485 km de rodovia com etanol, ou 700 km com gasolina (também na estrada). O Basalt fecha a conta com até 451 km com etanol (estrada) e 644 km com gasolina (estrada). Pulse? 450 km com etanol na estrada, ou 648 km na estrada com gasolina.
