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Relançado no final de 2008 já com o modelo 2009, o VW Voyage continua sendo a versão sedã do Gol. Lançado originariamente em 1982, o Voyage “quadrado” foi produzido até 1995 quando teve sua produção paralisada. Em 2008 o lançamento do novo Gol trouxe consigo a volta do Voyage. O pequeno sedã da família sempre foi uma boa opção para aqueles que necessitam de um porta-malas ligeiramente maior que aquele do Gol, mas guardando todas as qualidades de desempenho, baixo consumo, boa dirigibilidade e baixo custo de manutenção para uma pequena família.

Tive a oportunidade de utilizar no meu dia a dia um Voyage Highline com o câmbio automatizado de cinco marchas e motor 1.6 de 104cv (com etanol), um carro que mostrou também um surpreendente baixo consumo de combustível, apesar de ainda utilizar o antigo EA111 ao invés do mais recente 1.6 de 120cv ‘EA211’, que ainda está restrito à família Fox, além das versões Track do Gol e Cross da Saveiro. Mesmo assim, o Voyage é um sedã agradável de ser dirigido, no trânsito urbano das cidades e em curtos períodos de viagens por rodovias.

Um carro que passa ao motorista uma agradável sensação de segurança por sua condução sempre firme e estável, boas respostas do sistema de direção e dos freios. Um destaque ficou por conta da ótima transmissão automatizada. Esse câmbio funciona tão bem que passava até mesmo a sensação de estarmos dirigindo um carro com câmbio automático convencional com conversor de torque, tamanha é a suavidade e as quase imperceptíveis trocas de marchas. Um câmbio automatizado muito bom.

Esse Voyage que avaliei é o topo de linha Highline com todos os opcionais, o que deixa o modelo bem completo. Mas o que me surpreendeu foi quando acessei o site da marca para compor o preço do carro avaliado: mais de R$ 67 mil. Um preço, na minha opinião, alto para um sedan desse porte. Principalmente se considerarmos que, basicamente, seu design já se aproxima dos 10 anos. E o Voyage ainda utiliza o antigo 1.6 8V.

Seu preço, por isso, deveria ser mais suave e competitivo quando consideramos seus concorrentes de mercado, mais atuais e atraentes em suas linhas. Em que pese o fato do carro ser completinho: ar-condicionado, direção hidráulica, câmbio automatizado, sistema multimídia com tela sensível ao toque,  navegador GPS, rodas de liga aro 16 com pneus 195 e bancos forrados em couro sintético, entre outros mimos. Ainda assim, estamos falando em um Voyage que beira os R$ 70 mil. Um preço salgado.

Mas o alto preço não é um susto apenas da versão Highline: O Voyage Trendline, que agora para 2018 tem o ar-condicionado de série, custa cerca de R$ 49 mil com motor 1.0 de 3 cilindros e 82cv. Um preço alto se olharmos os concorrentes de mercado do mesmo segmento. Hoje, o preço do Voyage modelo 2018 varia de R$ 49 mil até pouco mais R$ 67 mil, segundo os preços sugerido pela Volkswagen.

Posso classificar o Voyage como um bom produto, mas que necessita de uma revisão de seus preços atuais para continuar sendo competitivo, principalmente quando consideramos concorrentes como o Hyundai HB20S, Chevrolet Prisma, Ford Ka+ e Fiat Grand Siena. E não devemos esquecer que, o Voyage é o sedã do Gol, recentemente reposicionado como carro de entrada da montadora no Brasil. Certamente o lançamento do Virtus, o sedã do Novo Polo, também exigirá um reposicionamento do modelo nos preços da Volkswagen.