Nesta segunda-feira, 25, o presidente-executivo da Xiaomi afirmou que o primeiro veículo elétrico da companhia será o “carro mais bonito, mais fácil de dirigir e mais inteligente” e terá preço abaixo de 500 iuans (69.424 dólares).

A empresa, famosa por dispositivos eletrônicos, anunciará na quinta-feira a faixa de preço e começará a receber encomendas para seu carro, o SU7, abreviação de Speed Ultra 7. Os comentários do presidente-executivo, Lei Jun, feitos em sua conta oficial na rede social chinesa Weibo, marcam a primeira vez que a empresa se pronuncia sobre o preço do veículo.

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A expectativa pelo carro da Xiomi vem crescendo desde que a companhia apresentou o veículo em dezembro e anunciou que pretendia se tornar uma das cinco maiores montadoras do mundo. Lei o apresentou como tendo tecnologia capaz de proporcionar uma aceleração melhor do que os carros elétricos da Tesla e da Porsche.

Cerca de 76 lojas da Xiaomi em 29 cidades chinesas começaram a exibir o carro nesta segunda-feira, com clientes em potencial e blogueiros de automóveis fazendo fila em um showroom no centro de Pequim. A empresa também colocou seu aplicativo “Xiaomi Car” nas lojas de aplicativos chinesas.

Entre os que estavam na fila estava Jim Yan, que disse admirar as curvas e o design do SU7.

“Seja nos telefones ou nos carros da Xiaomi, seu design é muito original”, disse Yan, de 28 anos, que trabalha no setor jurídico.

Para Yan, e para muitos consumidores dos telefones e eletrônicos da Xiaomi, a marca ganhou a reputação de oferecer um bom valor.

“Na minha opinião, os preços da Xiaomi são, no máximo, intermediários. Se o preço for muito alto, especialmente porque esse é o primeiro carro deles, ainda precisa ser testado pelo mercado”, disse Yan.

O SU7 virá em duas versões – uma com autonomia de até 668 quilômetros com uma única carga e outra com autonomia de até 800 quilômetros. Em comparação, o Model S da Tesla tem um alcance de até 650 quilômetros.

A quinta maior fabricante de smartphones da China tem buscado diversificar sua oferta de produtos em meio à estagnação da demanda por smartphones – um plano que foi sinalizado pela primeira vez em 2021.

A Xiaomi se comprometeu a investir 10 bilhões de dólares em automóveis ao longo de uma década e é um dos poucos novos participantes do mercado de veículos elétricos da China a obter a aprovação das autoridades, que têm relutado em aumentar o atual quadro de excesso de oferta.